Em 17 de julho, a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) foi alvo de ataques racistas e misóginos por parte do deputado; situação foi formalmente denunciada ao Conselho de Ética
Na sessão da Câmara dos Deputados, ocorrida em 17 de julho, a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) foi alvo de ataques racistas e misóginos por parte do deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP). Essa situação foi formalmente denunciada ao Conselho de Ética, durante a votação de um Projeto de Lei que alterou a Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O PSOL, sob a liderança de Paula Bermudes Coradi, apresentou uma representação por quebra de decoro parlamentar.
Durante a sessão, Kataguiri fez comentários sobre comunidades indígenas, sugerindo que os povos originários estariam se beneficiando de forma indevida de compensações ambientais. Célia Xakriabá reagiu, defendendo seu povo e criticando a postura do colega. Em resposta, Kataguiri intensificou os ataques, fazendo zombarias sobre o cocar indígena utilizado pela deputada. Apesar da confusão, o presidente da Câmara, Hugo Motta, optou por continuar a votação, desconsiderando os pedidos de questão de ordem.
O titular desta coluna teve acesso à representação, protocolada em 15 de agosto de 2025, que ressalta a conduta de Kim Kataguiri como uma grave violação dos deveres regimentais e éticos, conforme estipulado no Código de Ética e Decoro Parlamentar. A documentação destaca que a atuação do deputado é incompatível com a dignidade do cargo, e pede a abertura de um processo disciplinar.
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Nesta quinta-feira (18), o deputado federal e vice líder da oposição Rodrigo da Zaeli (PL-MT) foi designado como relator do processo na Comissão de Ética da Câmara, onde a situação será investigada. A expectativa é que sejam adotadas medidas que garantam o respeito e a dignidade no ambiente legislativo.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
Fonte: Jovem Pan