O ícone do cinema da Itália na década de 60 e 70, Claudia Cardinale morreu nesta terça-feira (23), na França. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Apesar de ter como nacionalidade ítalo-francesa, Cardinale cresceu na Tunísia em uma família de origem siciliana. Em 1957, aos 19 anos, ela venceu o concurso de “A Mais Linda Garota Italiana na Tunísia”, que, além levá-la para uma viagem na Itália para Festival de Cinema de Veneza, também a levou a ter contratos no cinema.
Ela estrelou nas telonas em um papel menor de “Goha”, de 1958, em que contracenou com Omar Sharif (“Funny Girl”), que a alçou como uma das atrizes mais populares da Itália. Nas mesma época, ela teve uma gravidez secreta que disse ter sido fruto de um relacionamento abusivo. Ao dar à luz Patrick, passou a se referir a ele como irmão mais novo, e o deixou aos cuidados de seus pais.
Até 1963, Cardinale repetiu a parceria com o diretor Luchino Visconti, com o filme “Rocco e seus Irmãos” (1960) e “O Leopardo” (1963) – vencedor da Palma de Ouro em Cannes. Ela também participou de “Oito e meio”, dirigido por Federico Felini.
Então, a atriz conseguiu projeção internacional no cinema norte-americano e inglês e estrelou o clássico “A Pantera Cor-de-rosa”, com David Niven. Cardinale contracenou com Brigitte Bardot em “As Petroleiras”. Após um período no cinema hollywoodiano, a atriz decidiu retornar à Europa e se dedicar a filmes italianos, retorno que foi consagrado com o prêmio David di Donatello por seu papel em “Il giorno della civetta”, dirigido por Damiano Damiani.
Em 1974, a atriz conheceu o diretor Pasquale Squitieri em 1975, com quem trabalhou em diversos projetos e com quem viveu por 42 anos, até a morte do cineasta em 2017. Juntos eles tiveram uma filha, Claudia. Ela veio a ganhar o prêmio Prêmio Nastro d’Argento, como Melhor Atriz, duas vezes, um deles por “Claretta”, parceria com o esposo.
Pela sua prolífica carreira, Claudia Cardinale recebeu o Leão de Ouro honorário no Festival de Veneza de 1993 e o Urso de Ouro honorário no Festival de Berlim de 2002. Seu últimos trabalhos foram em “The Island of Forgiveness” e no curta “Claudia”, ambos de 2022.
Fonte: CNN Brasil