A modernização da iluminação pública no Brasil tem avançado com a expansão das parcerias público-privadas (PPPs). Em um ano, 40 novas licitações resultaram em 146 concessões que hoje atendem 173 municípios, somando R$ 32 bilhões em contratos, segundo a Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (Abcip). Ao todo, os projetos alcançam cerca de 57 milhões de pessoas.
Grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília lideram o processo, mas cidades menores também têm aderido. Em alguns estados, consórcios intermunicipais têm permitido que municípios compartilhem custos e ampliem escala, o que já levou projetos para mais de 30 localidades na Bahia, Minas Gerais e Paraná.
A troca de luminárias por tecnologia LED é o eixo central das concessões. Embora apenas 20% da iluminação pública nacional esteja equipada com LED, mais da metade das PPPs já prevê modernização completa. Em muitas cidades, o serviço inclui ainda telegestão e monitoramento remoto da rede.
Segundo Paulo Candura, CEO da empresa Luz Urbana, a substituição tem sido acompanhada por economia de energia. “As PPPs de iluminação têm proporcionado redução média superior a 50% no consumo. Isso alivia a demanda no horário de pico e contribui para a eficiência energética”, afirma.
Além da modernização do parque luminotécnico, diversos contratos têm incorporado sistemas de vigilância, conectividade entre prédios públicos e outras soluções ligadas a projetos de cidades inteligentes. O governo federal tem apoiado o desenvolvimento dessas iniciativas por meio de fundos como o FDIRS, voltado especialmente a municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O tema será discutido no SIIPE (Simpósio Internacional de Iluminação Pública e Cidades Inteligentes), que será realizado em Salvador nos dias 11 e 12 de novembro. O encontro deve reunir gestores públicos, pesquisadores e representantes do setor para debater eficiência energética, sustentabilidade e novas tecnologias.
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A movimentação também tem mobilizado instituições financeiras. A Caixa Econômica Federal lidera o apoio à estruturação dos projetos, com 82 contratos em andamento — 60% deles relacionados à iluminação pública. BNDES, BRDE, Banco do Brasil e Banco do Nordeste também oferecem capacitação e linhas de crédito.
Fonte: Jovem Pan


