O neurologista Ítalo Denelle Venturelli retomou, quase três décadas depois, um dos relatos mais curiosos associados ao Caso Varginha, afirmando ter visto uma criatura “branquinha, calminha, com cabeça em formato de gota e olhos lilás” dentro de um hospital da cidade em 1996.
Segundo Venturelli, o episódio ocorreu enquanto ele visitava o hospital para acompanhar o pós-operatório de uma criança chamada Eric, operada por ele dias antes. Ao chegar ao local, conta que foi surpreendido por funcionárias da imprensa interna perguntando se ele teria “operado o extraterrestre”. O médico acreditou inicialmente que se tratava de uma confusão envolvendo seu paciente, mas logo teve sua atenção desviada para outro acontecimento.
O encontro no hospital
Venturelli relata que um colega o chamou discretamente para observar “algo incomum” em uma área reservada do hospital. Ao entrar na sala, afirma que encontrou uma pequena criatura, semelhante a uma criança de cerca de sete anos.
“Estava lá um bichinho. Branquinho, calminho, com cabecinha em gota”, descreveu o médico.
Ele diz ter permanecido apenas dois ou três minutos no ambiente antes de retornar às suas atividades. De acordo com seu depoimento, a criatura não parecia estar sofrendo e observava tudo com aparente tranquilidade. O médico afirmou ainda que, nas horas e dias seguintes, o clima no hospital ficou incomum, com funcionários comentando o episódio e repórteres tentando obter informações. Venturelli insiste, porém, que não havia qualquer gravação de vídeo ou registro seu:
“Não tenho fita nenhuma. O que eu vi foi aquilo. Sou uma pessoa comum.”
Relato viraliza após menção em documentário
O depoimento voltou a circular com força após ser citado no novo documentário “Moment of Contact”, do cineasta James Fox, que investiga diferentes versões do Caso Varginha e incluirá depoimentos de testemunhas civis e militares. Nas redes sociais, Fox defendeu a credibilidade do médico, dizendo acreditar na sinceridade do relato. Venturelli contou também que, após seu nome ser associado ao caso, passou a receber ofertas pela suposta gravação do encontro:
“O pessoal queria a fita. Pagaram um milhão pra fita. ‘Cadê a fita?’ Eu falei: ‘Não sei’. Eu vi. E só.”
O caso Varginha e a disputa por narrativas
O Caso Varginha ocorreu em janeiro de 1996, quando moradores relataram ter visto criaturas estranhas e movimentação militar incomum na cidade. O episódio se tornou um marco da ufologia no Brasil e, até hoje, divide opiniões entre céticos e entusiastas. Na recente audiência pública realizada pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) sobre fenômenos aéreos não identificados, o ufólogo Vitório Pacaccini, pesquisador do caso desde os anos 1990, argumentou que não teria sido “uma criatura única”, mas ao menos cinco seres, supostamente capturados com apoio de forças militares brasileiras.
As Forças Armadas, por sua vez, nunca reconheceram a existência de qualquer operação envolvendo seres extraterrestres. Documentos oficiais reiteram que nada de incomum foi encontrado na época.
“Parecia mais inteligente do que eu”, diz Venturelli
Mesmo reconhecendo que não possui provas físicas ou registros adicionais, Venturelli afirma que nunca esqueceu a expressão da criatura:
“Parecia um anjo. Parecia que estava entendendo tudo, muito mais inteligente que eu.”
Ele reforça que nunca mais teve contato com qualquer elemento do episódio e que não se envolveu com investigações posteriores.
Embora o relato traga elementos novos ao imaginário popular, ele permanece sem documentação que confirme sua veracidade. Especialistas da área afirmam que testemunhos isolados têm valor histórico e sociológico, mas não constituem evidência científica. Ainda assim, o depoimento soma-se a um conjunto de narrativas que há quase 30 anos mantêm o Caso Varginha entre os temas mais debatidos da ufologia mundial.
Esse conteúdo Neurologista descreve encontro com suposto ET de Varginha foi criado pelo site Fatos Desconhecidos.
