Motta faz apelo por união na segurança pública: ‘O povo clama por justiça’

Motta faz apelo por união na segurança pública: ‘O povo clama por justiça’

Presidente da Câmara tenta evitar a polarização e acelerar a aprovação do marco legal

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOPresidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, durante a 25° Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu que os partidos a se unam em torno do projeto que ele tem chamado de Marco Legal de Combate ao Crime Organizado. Em conversa exclusiva com a reportagem, Motta reforçou que não aceitará transformar a pauta da em palanque político.

“O não pode mais assistir de braços cruzados enquanto famílias inteiras são destruídas pela . As pessoas de bem estão cansadas de ver criminosos serem presos num dia e soltos no outro”, afirmou.

Segundo Motta, o Congresso precisa dar uma resposta rápida: “Precisamos endurecer penas, fechar brechas e mostrar que o crime terá consequências reais. O povo clama por — e não por desculpas. Querem ser lembrados como defensores dos interesses do povo? Trabalhem juntos pela segurança de todos”.

Discussão trava votação

Motta queria ter colocado o texto em votação ainda nesta semana, como a reportagem mostrou. Mas, em busca de consenso, atendeu pedidos de governadores e do federal para adiar a análise e permitir novas negociações. O Planalto ainda tenta mudar pontos em uma possível quinta versão do projeto.

Nos bastidores, parlamentares avaliam que o governo tenta “surfar na pauta” ao estender o debate, o que poderia desgastar o relator, deputado licenciado Guilherme Derrite (PL-SP), e a própria Câmara. Já a base governista nunca engoliu bem a escolha de Derrite, atual secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas, apontado pela oposição como favorito para disputar a .

Motta, porém, insiste que a indicação buscou aproximar governo e oposição de uma mesa comum de negociação. A única orientação dada por ele ao relator foi: ouvir todos os lados e construir consenso. Segundo aliados, a decisão teria irritado o presidente Lula.

Marco legal unifica propostas

Na semana passada, Motta anunciou que o texto em discussão reuniria sugestões do PL Antifacção e do PL Antiterrorismo, formando o chamado Marco Legal de Combate ao Crime Organizado. Ele também rebateu críticas sobre a escolha do relator:

“Segurança pública é uma pauta suprapartidária e uma urgência nacional. Trabalharei para que a Câmara entregue ao país o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado”, escreveu nas . E completou: “Quando o tema é segurança, não há direita nem esquerda, há apenas o dever de proteger”.

Substitutivo endurece penas

O substitutivo apresentado por Derrite prevê penas equivalentes para crimes cometidos por terroristas, integrantes de organizações criminosas, milícias e grupos paramilitares. Inicialmente, o texto retirava a prerrogativa da para investigar organizações criminosas sem aval dos governadores, mas, após reação de diversos setores, o relator voltou atrás.

O projeto também determina que líderes de facções cumpram pena obrigatoriamente em presídios federais de segurança máxima e aumenta a exigência de progressão de regime para 70% a 85% da pena.

Críticas do governo

A presidente do PT e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu à escolha de Derrite. Para ela, a nomeação “contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo político”.

Gleisi afirmou ainda que o governo seguirá “trabalhando no Congresso para que prevaleça o interesse público e seja resguardada a soberania nacional”.

Motta, por sua vez, tenta manter o foco: evitar a polarização e acelerar a aprovação do marco legal. Para ele, a segurança pública exige união e não mais um embate político.



Fonte: Jovem Pan

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