Gripe K: entenda o que é, sintomas e se há risco de chegar ao Brasil

Gripe K: entenda o que é, sintomas e se há risco de chegar ao Brasil

Nesta semana, a (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta global após aumento de casos de gripe K na e na Ásia. O relatório indica que a atividade do vírus está maior do que o típico para esta época do ano em algumas regiões do hemisfério norte.

A gripe K é uma infecção causada pelo vírus influenza A (H3N2) subclado K — uma variação genética do vírus já conhecido.

“O influenza A mais conhecido é o H1N1, que causou a pandemia de gripe suína em 2009. Neste momento, o que foi identificado foi um influenza A também, mas do tipo H3N2”, explica Rosana Ritchmann, infectologista do Grupo Santa Joana e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas à CNN .

A principal é o surgimento do subclado K através de uma mutação genética na superfície do vírus. “Essa mudança faz com que o nosso sistema imune não reconheça o vírus como H3N2. Ele entende que é ‘um primo'”, explica. “É uma mudança pequena, mas que faz com que a forma de combatermos o vírus seja menos eficaz, por isso há um aumento de casos tão grande”, completa.

Apesar disso, Ritchmann afirma que não há motivos para grandes preocupações. “O vírus influenza muda todo ano. Se ele não mudasse, não precisaríamos ficar mudando a vacina anualmente. Ele é um vírus que nasceu para ser mutante”, explica. “Nós estamos diante de uma mudança comum, normal e esperada.”

Quais são os sintomas da gripe K?

Os sinais e sintomas causados pela gripe K são os mesmos de uma gripe comum e incluem:

  • Febre;
  • Congestão nasal;
  • Coriza;
  • Tosse;
  • ;
  • Dor de garganta;
  • Mal-estar.

Não há na literatura médica indícios de que essa variante cause sintomas mais fortes, segundo Ritchmann.

“Clinicamente, não é possível saber se é gripe K ou outro tipo de gripe. Somente com testes conseguimos diferenciar um tipo do outro”, afirma.

Quais são os grupos de risco para gripe K?

Na população mais vulnerável — como idosos, gestantes e imunossuprimidos –, há maior risco de a doença evoluir para um quadro grave, com complicações associadas, como pneumonia, sinusite, otite, desidratação e descompensação de doenças crônicas e cardiovasculares.

“O que mata não é o vírus e, sim, a complicação”, explica Ritchmann. “É possível ter uma pneumonia bacteriana ou viral, cardiopatias, descompensação cardíaca, como infarto, cardiopatia aguda ou insuficiência cardíaca”, completa.

Existe risco de chegar ao Brasil?

De acordo com Ritchmann, sim. “Certamente, o subclado K vem para o Brasil. Nós estamos em festas, em férias. A chance de ele entrar no país é, praticamente, 100%, porque ele já está circulando no hemisfério norte”, afirma a infectologista.

Foi pensando neste risco, de acordo com a especialista, que a OMS emitiu o alerta global. “Precisamos nos preparar para isso, para sabermos como enfrentar essa nova subvariante que está chegando aqui”, afirma.

A vacina protege contra gripe K?

A vacina contra gripe protege contra influenza A, incluindo o H3N2, mas pode não evitar completamente a infecção pelo subclado K. Nesse caso, o imunizante protege contra casos graves, diminuindo o risco de hospitalização.

“As vacinas funcionam, mas não tanto quanto se não tivesse ocorrido essa pequena mudança [genética]. A vacina, provavelmente, não vai evitar a infecção, mas vai evitar o desfecho pior em termos de , que é a hospitalização e a morte”, afirma Ritchmann.

Para o tratamento, o antiviral usado para combater influenza — oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu — é eficaz para combater a gripe K, de acordo com a especialista.

Quais outros cuidados são necessários?

Além da vacinação, outros cuidados comuns de prevenção são importantes para evitar a gripe K e suas complicações. É o caso de evitar o contato com outras pessoas, principalmente as mais vulneráveis, durante uma infecção ativa e diante de sintomas respiratórios.

Também é interessante manter os ambientes bem ventilados, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel, e usar máscaras, se necessário.

Fonte: CNN Brasil

Foto de Redação

Redação

Assessoria de comunicação da agência SLZ7. Uma empresa de desenvolvimento e marketing digital que oferece soluções estratégias e fortalecimento de marcas aumentando a presença online

Foto de Redação

Redação

Assessoria de comunicação da SLZ7

publicidade

Veja mais

publicidade