A Operação Maranhão Sem Queimadas – Protetores do Bioma segue em ritmo acelerado em todo o estado. Nos últimos dez meses, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) atuou no combate a 5.485 incêndios florestais e em áreas de vegetação, tanto em regiões urbanas quanto rurais. A operação combina monitoramento aéreo, combate direto e ações educativas junto às comunidades.
Entre as ocorrências de maior impacto ambiental, estão os incêndios registrados no Parque Estadual do Mirador, uma das áreas mais sensíveis do Maranhão. Em São Luís, equipes trabalharam recentemente no controle de um incêndio em vegetação nas dunas da Avenida Litorânea, suspeito de ter sido provocado de forma criminosa. Municípios como Grajaú, Imperatriz, Balsas, Estreito e Carolina também permanecem em estado de atenção.
Combate reforçado e resposta rápida
Para o comandante-geral do CBMMA, coronel Célio Roberto, o volume de ocorrências demonstra o esforço permanente das equipes.
“Estamos diante de um esforço contínuo para proteger vidas, patrimônio e o meio ambiente. O número expressivo de atendimentos mostra o empenho das equipes, que têm conseguido dar pronta resposta em todas as regiões do estado”, destacou.
A operação é apoiada por um sistema estruturado de vigilância, que inclui drones de monitoramento capazes de identificar focos de incêndio ainda no início. Esse recurso tem sido crucial para reduzir danos ambientais e impedir a propagação das chamas em biomas mais vulneráveis.
Educação ambiental como estratégia
Em sua sexta edição, a Operação Maranhão Sem Queimadas conta com a adesão de cerca de 100 municípios, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema). Além do combate, a iniciativa prioriza ações educativas e de conscientização.
Segundo o coordenador da operação, coronel Cleyton Cruz, o diálogo com a população é essencial para reduzir a incidência de queimadas.
“É um trabalho de proximidade, necessário para reduzir ocorrências e estimular a cultura de preservação”, afirma.
As equipes têm visitado escolas, comunidades rurais, associações e áreas agrícolas para orientar moradores sobre riscos à saúde, danos à fauna e flora e consequências legais das queimadas irregulares.
Modelo integrado garante resultados
A combinação de presença em campo, tecnologia de monitoramento e participação comunitária tem garantido resultados positivos. Com a estiagem tornando o período ainda mais crítico, a operação permanece ativa e estratégica para a proteção dos biomas maranhenses.
“A continuidade da operação é fundamental para enfrentar as queimadas neste período mais severo do ano”, reforça o coronel Cleyton Cruz.
A iniciativa segue mobilizada em todo o estado, ampliando ações de prevenção e intensificando o combate direto às queimadas que ameaçam o meio ambiente e a saúde da população.
Fonte: Jornal Pequeno
