Lewandowski rebate Castro e diz que não negou ajuda ao Rio: ‘Não recebi nenhum pedido’

Lewandowski rebate Castro e diz que não negou ajuda ao Rio: ‘Não recebi nenhum pedido’

Posicionamento vem após o governador do dizer que o Estado enfrenta o crime organizado ‘sozinho’, uma vez que forças federais, segundo ele, não o ajudam

Robson Alves/MJSPMinistro da , Ricardo Lewandowski, rebate declarações do governador do Rio de Janeiro sobre falta de ajuda ao Estado

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu, nesta terça-feira (28) as declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre uma suposta rejeição de ajuda ao Estado carioca. “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Pública, para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, disse em cerimônia na Assembleia Legislativa do Ceará, onde irá receber o título de Cidadão Cearense. O posicionamento vem depois de Castro dizer, após a operação contra o Comando Vermelho (CV) que deixou ao menos 64 mortos, o Rio de Janeiro enfrenta o crime organizado “sozinho”, uma vez que forças federais, segundo ele, não o ajudam.

“As nossas polícias sozinhas. É uma operação maior do que a de 2010 e, infelizmente, dessa vez, como ao longo desse mandato inteiro, não temos o auxílio nem de blindados, nem de nenhum agente das forças federais, nem de segurança, nem de defesa. A gente sozinho nessa luta, estamos fazendo a maior operação da história do Rio de Janeiro”, afirmou Castro, acrescentando que dessa vez não pediu ajuda porque teve negativas.

“Nós já entendemos que a política é de não ceder. Falam que tem que ter GLO (Garantia da Lei da Ordem), que tem que ter isso, que tem que ter aquilo, que podiam emprestar o blindado e depois não podiam mais emprestar porque o servidor que opera o blindado é um servidor federal. O presidente já falou que ele é contra GLO. A gente entendeu que a realidade é essa e a gente não vai ficar chorando pelos cantos”, afirmou Castro.

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Questionado sobre a operação no Rio, Lewandowski disse: “O combate à criminalidade seja ela comum, seja ela organizada, se faz com planejamento, inteligência, coordenação das forças. Enfim, não posso julgar porque não estou na cadeira do governador, mas quero apresentar minha solidariedade às famílias dos policiais mortos, minha solidariedade às famílias dos inocentes que também pereceram nessa operação e me colocar à disposição para qualquer auxílio que for necessário”, continuou o ministro.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) afirmou que tem atendido “prontamente a todos os pedidos” de envio da Força Nacional ao Estado, e litou uma de medidas tomadas entre o federal e o Rio de Janeiro, como operações integradas, investimentos e apoio de agentes. A nota também acrescenta que, desde 2023, primeiro ano do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), todas as 11 solicitações de renovação da Força Nacional no território foram acatadas.

O ministério, chefiado por Ricardo Lewandowski, também menciona 178 operações da Polícia Federal no Rio de Janeiro em 2025, com 210 prisões efetuadas e apreensão de 10 toneladas de drogas e 190 armas de fogo; 855 mandados de prisão cumpridos entre 2024 e 2025; e dezenas de milhares de objetos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal desde 2023, de veículos a armas, munições e drogas.

A nota provoca Castro ao dizer que o Fundo Penitenciário Nacional repassou mais de R$ 99 milhões ao Estado entre 2016 e 2024, dos quais “apenas cerca de R$ 39 milhões foram efetivamente utilizados, restando mais de R$ 104 milhões ainda em conta”. Também menciona um saldo de R$ 174 milhões não usado dos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Entre os acordos de cooperação firmados entre as duas administrações, o MJSP menciona a integração do Estado à Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim) e à Rede Nacional de Recuperação de Ativos de Facções Criminosas (Recupera), um acordo de cooperação técnica para a criação da Célula Integrada de Localização e Captura de Foragidos, e outro para a criação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA).

“Ainda, em 5 de fevereiro deste ano, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública para uma reunião com o ministro Ricardo Lewandowski. À ocasião, o ministro atendeu a um pedido do Estado e ofereceu dez vagas em presídios federais para alocar lideranças criminosas do Rio de Janeiro”, informou o ministério.

Mais cedo, o secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, disse em entrevista à TV Globo que o seu Estado não tem condições de enfrentar sozinho o crime organizado. Ele afirmou que o governo solicitou ajuda federal em uma operação anterior contra o CV, mas teve o pedido negado.

“São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem. Casas construídas de forma irregular, becos que é impossível fazer o patrulhamento. Isso causa risco maior à população e obviamente aos policiais. Esses criminosos dominaram essa região Hoje, por exemplo, utilizaram drones lançando artefatos explosivos contra os policiais e a população. Essa é a realidade, esse estado de guerra que a gente vive no Rio de Janeiro”, disse Santos.

O secretário afirmou que “sozinho ninguém consegue fazer nada” e que há quase 1900 favelas no Rio de Janeiro, no quarto menor Estado, mas o terceiro mais populoso. “Seiscentos fuzis apreendidos na mão de criminosos. É um diagnóstico muito ruim do Rio de Janeiro. E o Estado vem fazendo esse papel de combate sozinho há anos. É importante, sim, que o Estado, a e a União sentem à mesa, sem ideologia”, declarou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

 



Fonte: Jovem Pan

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