Claro que se trata de uma ação de marketing para vender material esportivo, mas nunca é demais conhecer a história dos Mundiais. Desde o início da semana, quem caminha pela Avenida Paulista já se deparou com estruturas colocadas ao lado dos pontos de ônibus. São grandes caixas de vidro com as bolas que foram usadas nas Copas, desde 1970, quando a Adidas passou a confeccionar o artigo estilizado para cada competição. Bem perto do prédio da Jovem Pan, por exemplo, está a bola utilizada em 2022, no Qatar, a Al Rihla.
Recentemente, no Memória da Pan, falei sobre a Telstar, das Copas de 1970 e 1974, e também destaquei a Questra, que rolou nos gramados em 1994, nos Estados Unidos, ano do tetra da seleção. Agora, aproveito este espaço, para citar a Fevernova, bola oficial de 2002, quando o Brasil conquistou o penta na Coreia e no Japão, e que foi qualificada como a “mais precisa e rápida do planeta”.
O design, considerado revolucionário, com as cores vermelha, verde e dourada, era baseado na cultura asiática. A bola tinha uma fina camada de espuma e outras três de malha, permitindo um voo considerado previsível. Na época, o diretor de Relações Públicas da Adidas, Thomas Van Schaik, admitiu que o excesso de cores poderia confundir os jogadores com uma espécie de “ilusão de ótica”. De acordo com a fabricante, os adornos dourados simbolizavam a “energia” que os organizadores dedicaram ao Mundial, enquanto o vermelho representava “a tradição do fogo como força criadora”.
Uma das bolas mais polêmicas de todos os tempos foi a Jabulani, utilizada na África do Sul, em 2010. Os goleiros diziam que as curvas inesperadas dificultavam as defesas. Na época, pesquisadores indicaram que a Jabulani era “redonda demais” para conseguir seguir em linha reta.
Agora, uma dúvida. Como seria uma bola “redonda de menos”? Esqueci de dizer que a Trionda, que será usada em 2026, está em frente ao prédio da Fundação Casper Líbero (Avenida Paulista, 900). Vale conferir!
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Fonte: Jovem Pan


