Um caso que nunca saiu dos holofotes
Quando o assunto é crime que parou a TV nos anos 90, os irmãos Menendez ainda estão no topo da lista. Em 1989, Erik e Lyle Menendez foram acusados de assassinar os pais, José e Kitty Menendez, em Beverly Hills. O julgamento foi transmitido, comentado e revirado como um reality de tribunal. Décadas depois, a história volta à pauta: um juiz de Los Angeles negou o pedido da defesa para um novo julgamento.
A decisão partiu do juiz William Ryan, da Corte Superior da Califórnia. Segundo o magistrado, as informações apresentadas agora não criam uma dúvida razoável sobre a culpa dos réus. Em outras palavras, nada ali mudaria o que o júri decidiu em 1996.
O que a defesa levou à mesa
Imagina abrir um caso consagrado com uma peça do passado e um depoimento atual. Foi a tentativa dos advogados: uma carta de 1988 escrita por Erik, na qual ele relata abusos, e o testemunho do ex-integrante de boy band Roy Rossello, que também faz acusações contra o patriarca. A estratégia era reforçar a tese de legítima defesa, linha que a defesa sustenta desde o início.
O juiz, porém, entendeu que esses elementos não têm força para alterar o veredicto. A narrativa da legítima defesa já foi analisada e rejeitada em julgamentos anteriores, além de confirmada por instâncias de apelação. Para o tribunal, a peça nova não muda o tabuleiro.
Condenação que atravessa gerações
Os irmãos Menendez cumprem prisão perpétua desde 1996. Ao longo dos anos, o caso virou livro, documentário e série, reacendendo a pergunta que nunca cala: vítimas de um ambiente abusivo ou assassinos frios que decidiram “virar a mesa” contra os pais? O fascínio permanece porque a história mistura luxo, pressão familiar e uma tragédia doméstica que ninguém imaginava existir.
Em 2024, houve um lampejo de esperança para os réus. Uma decisão judicial reconfigurou tecnicamente a contagem das penas, abrindo a possibilidade de revisão de liberdade condicional. O conselho estadual, porém, negou a avaliação meses depois. A porta fechou de novo.
O que ainda pode acontecer
Com o novo julgamento recusado, resta o caminho político: pedidos de clemência encaminhados ao governador da Califórnia, Gavin Newsom. Não há prazo para um desfecho, e esse tipo de decisão costuma ser raro e cercado de critérios rígidos. Enquanto isso, Erik e Lyle seguem em regime fechado.
O que fica agora
No curto prazo, a decisão mantém tudo como está: sem novo julgamento, sem revisão imediata da pena e com a discussão pública dividida. No longo prazo, o caso segue como referência para debates sobre provas novas, limites de reabertura e o papel da mídia em processos criminais de alto impacto.
Fonte: Aventuras na História
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