Um dos temas que tem pautado os investidores recentemente são as eleições de 2026. A pesquisa Genial/Quaest desta quarta mostrou mais uma vez a queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive em estados de apoio tradicional ao mandatário, como Bahia e Pernambuco.
Alguns investidores se animam com a possibilidade de a oposição ganhar mais força, mas os profissionais ainda se mantém cautelosos. O risco, na visão de Luiz Stuhlberger, da Verde Asset, é a retomada de medidas expansionistas.
André Jakurski, sócio-fundador da JGP, disse em evento do BTG Pactual que vê esse “trade eleitoral” acontecendo, mas que ainda é cedo demais para cravar qualquer tendência. André Esteves, do BTG, avalia que o governo ainda pode se recuperar dessa queda de popularidade até as eleições.
Além disso, a semana do mercado financeiro também foi movimentada por dados econômicos e balanços financeiros.
Macroeconomia
Na terça-feira (25), o IBGE divulgou o IPCA-15 de fevereiro, a prévia da inflação oficial. Apesar de a alta de 1,23% ter sido a maior para o mês desde 2016, o resultado veio abaixo das expectativas do mercado.
O contribuidor do Traders Club (TC), Fernando Marx, vê uma surpresa qualitativa no dado, podendo ajudar a conter as projeções de inflação para os próximos meses. O dado abaixo do esperado animou os investidores na sessão da véspera.
Nesta quarta-feira (26), foi a vez da divulgação de dados do mercado de trabalho. O Caged apontou que o Brasil abriu 137 mil vagas de emprego em janeiro, resultado mais forte que o esperado.
Com isso, porém, o mercado perdeu um pouco da empolgação porque com o mercado de trabalho mais apertado, a pressão inflacionária também tende a ser maior.
Balanços financeiros
A divulgação dos resultados da Ambev animou o investidor com os papéis da empresa, que estavam entre os destaques positivos do pregão desta quarta.
Já na ponta negativa, figuravam as ações da Weg, que apesar de ter divulgado um balanço em maioria positivo, viu sua margem reduzir.
*O TradersClub (TC), maior rede social de investidores e traders da América Latina, é parceiro do CNN Money
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Fonte: CNN Brasil
