O acidente aconteceu na manhã de terça-feira, 22 de outubro de 2025, quando um pequeno avião turístico caiu próximo à cidade de Nanyuki, no centro do Quênia. De acordo com as autoridades locais, o voo transportava 11 pessoas, nove estrangeiros e dois quenianos e todos morreram no impacto. A aeronave saiu da capital, Nairóbi, com destino à Reserva Natural de Samburu, uma das regiões mais visitadas por turistas de safári.
O avião era operado por uma empresa privada de turismo, que oferecia voos panorâmicos e de traslado para parques nacionais. O acidente ocorreu por volta das 10h30 (horário local), e os moradores da região relataram ter ouvido um estrondo seguido de fumaça subindo do vale.
Resgate em área de difícil acesso
Equipes de emergência e militares quenianos foram enviados ao local pouco depois da queda, mas enfrentaram dificuldade para chegar devido ao terreno montanhoso e à vegetação densa. As operações de resgate duraram várias horas. Imagens divulgadas pela imprensa local mostraram destroços espalhados e partes da fuselagem carbonizadas.
“Foi um impacto muito forte. O avião se partiu em vários pedaços e houve incêndio logo em seguida”, contou um oficial do Departamento de Aviação Civil do Quênia à BBC. Nenhum dos passageiros sobreviveu, e os corpos foram levados para o hospital de Nanyuki, onde aguardam identificação oficial.
Quem eram as vítimas
O governo queniano confirmou que nove das vítimas eram estrangeiras, mas ainda não divulgou as nacionalidades oficialmente. A imprensa local, no entanto, informou que entre os passageiros havia cidadãos britânicos, alemães e australianos. Os outros dois ocupantes, o piloto e um guia local, eram quenianos. O ministro dos Transportes, Kipchumba Murkomen, declarou em coletiva que “todas as medidas estão sendo tomadas para oferecer apoio às famílias e para esclarecer as causas do acidente”. Embaixadas dos países envolvidos também foram acionadas para auxiliar na identificação e repatriação dos corpos.
As possíveis causas do acidente
Ainda é cedo para determinar o que provocou a tragédia, mas autoridades aeronáuticas trabalham com três hipóteses principais: falha mecânica, mau tempo e erro humano. Testemunhas relataram que o tempo estava nublado e havia ventos fortes na hora do acidente, algo comum na região central do país, cercada por colinas e vales estreitos.
O modelo da aeronave era um CESSNA 208 Caravan, bastante usado em voos turísticos e considerado seguro. Ainda assim, o avião tinha mais de dez anos de operação e estava submetido a revisões regulares, segundo a companhia responsável. A Autoridade de Aviação Civil do Quênia (KCAA) anunciou que o gravador de voo e a caixa preta já foram recuperados e serão analisados em Nairóbi.
Histórico de acidentes no Quênia
Apesar de ter um dos sistemas de aviação mais desenvolvidos da África Oriental, o Quênia registra pequenos acidentes aéreos com relativa frequência, especialmente em rotas de turismo e transporte regional. Em 2018, outro avião do mesmo modelo caiu no condado de Aberdare, matando 10 pessoas. Na época, a investigação apontou mau tempo e falha de navegação como principais causas. Esses acidentes reabrem o debate sobre a segurança da aviação de pequeno porte no país. Especialistas locais afirmam que o aumento no turismo e no número de voos para parques e reservas elevou a pressão sobre operadores regionais, que muitas vezes lidam com infraestrutura limitada e condições meteorológicas imprevisíveis.
Comoção e solidariedade
O presidente queniano, William Ruto, publicou uma nota de pesar nas redes sociais, lamentando as mortes e prometendo “uma investigação completa e transparente”. Ele também expressou condolências às famílias das vítimas estrangeiras e disse que o governo está em contato com as embaixadas envolvidas.
“É uma tragédia que nos lembra da fragilidade da vida. O Quênia se solidariza com todos os que perderam entes queridos neste acidente terrível”, escreveu o presidente.
Nas redes sociais, mensagens de apoio às famílias e aos socorristas se multiplicaram. Agências de turismo locais suspenderam temporariamente voos para a região até que as investigações sejam concluídas.
O que vem a seguir
A equipe de peritos da KCAA trabalha junto com especialistas internacionais para determinar as causas do acidente. O relatório preliminar deve ser divulgado nas próximas semanas. Enquanto isso, os destroços serão removidos e a área isolada para preservar evidências. De acordo com as autoridades, a empresa responsável pelo voo terá de apresentar documentos de manutenção e licenças atualizadas, além do histórico de horas de voo do piloto. Se houver indícios de negligência, o caso pode gerar sanções e até processos criminais.
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