O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky está em Berlim nesta quarta-feira (13), segundo a mídia estatal ucraniana Ukrinform, onde participará de uma ligação virtual entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes europeus.
A videoconferência acontece dois dias antes de Trump se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, para discutir o fim da guerra da Rússia na Ucrânia.
Putin deve aproveitar o encontro na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no extremo norte da capital do Alasca, Anchorage, para exigir que a Ucrânia ceda território em troca de um cessar-fogo.
Zelensky rejeitou a possibilidade de ceder terras à Rússia. Ele se juntará ao chanceler alemão, Friederich Merz, para uma reunião bilateral em Berlim.
O presidente ucraniano alertou que “é preciso exercer pressão sobre a Rússia em prol de uma paz justa”, horas antes das negociações.
“Esta guerra precisa acabar”, disse Zelensky no aplicativo de mensagens Telegram. “Devemos aprender com a experiência da Ucrânia e de nossos parceiros para evitar enganações por parte da Rússia.”
“Atualmente, não há sinais de que os russos estejam se preparando para encerrar a guerra. Nossos esforços coordenados e ações conjuntas — Ucrânia, Estados Unidos, Europa, todos os países que desejam a paz — podem definitivamente forçar a Rússia a fazer a paz.”
As negociações estão sendo vistas como uma oportunidade para a Ucrânia e seus parceiros europeus pressionarem Trump a respeitar os interesses de Kiev antes da reunião com Putin, que deve ocorrer sem Zelensky.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.
Fonte: CNN Brasil