O setor de cosméticos e cuidados pessoais no Brasil demonstra resiliência diante dos desafios econômicos atuais, mantendo sua posição como terceiro maior mercado mundial. O segmento representa 2% do PIB brasileiro e domina 45% do mercado latino-americano, consolidando-se como um dos mais inovadores globalmente.
De acordo com Luiz Carlos Dutra, da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o setor apoiou ativamente a reforma tributária, visualizando benefícios na simplificação dos negócios. O Brasil ocupa a quarta posição mundial em inovação neste segmento, contando com importantes players locais e globais.
Mercado resiliente e diversificado
O setor demonstra forte presença no mercado interno, com penetração significativa nos lares brasileiros. Mesmo diante de desafios como juros altos e endividamento das famílias, a indústria mantém estabilidade devido à diversificação de seu portfólio e à fidelidade dos consumidores às marcas, inclusive as premium.
A indústria gera aproximadamente sete milhões de oportunidades de trabalho anualmente, englobando desde a produção industrial até distribuição direta, revendedores e profissionais de beleza. O setor é regulamentado pela Anvisa, garantindo padrões de qualidade e segurança sanitária.
Os segmentos mais aquecidos atualmente incluem produtos para cabelo, skincare e higiene bucal. A área tem se destacado pela capacidade de antecipar tendências e manter foco em qualidade e inovação, independentemente do posicionamento de mercado dos produtos.
A ABIHPEC desenvolveu recentemente um novo posicionamento focado no conceito de cuidado integral, que engloba aspectos físicos, mentais e sociais do consumidor. Esta abordagem reflete a evolução do setor em resposta às mudanças nas necessidades e expectativas dos consumidores após a pandemia.
Fonte: CNN Brasil