‘Segurança pública no Brasil está falida, precisamos modernizar’, diz Reginaldo Lopes ao criticar erros no PL Antifacção

‘Segurança pública no Brasil está falida, precisamos modernizar’, diz Reginaldo Lopes ao criticar erros no PL Antifacção

Em entrevista à Jovem Pan, deputado criticou a proposta de criar uma lei autônoma, separada da legislação existente sobre o combate a organizações criminosas, e que poderia dar margem para defesas jurí que favorecessem as facções

Billy Boss/Câmara dos Deputados – 07/07/2022 Deputado federal Reginaldo Lopes

O (PL) sobre o combate ao crime organizado, atualmente em discussão no Congresso Nacional, continua gerando polêmica e oposição entre os parlamentares. O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), em entrevista à Jovem Pan, expressou preocupações sobre o andamento do projeto, criticando erros no texto apresentado pelo relator e defendendo ajustes para garantir sua efetividade no combate às facções criminosas. “Essas mudanças rápidas não ajudam, é necessário um amadurecimento mais profundo”, afirmou o deputado, que integra o grupo de parlamentares que pediu o adiamento da votação.

O deputado afirmou que o projeto ainda está longe de um consenso. Segundo ele, o relator do projeto, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), já apresentou quatro versões do texto em apenas cinco dias, o que, segundo Lopes, prejudica o processo legislativo e gera incertezas. O PL, que visa endurecer as penas contra organizações criminosas, enfrentou críticas principalmente em relação à falta de clareza na definição do que caracteriza uma facção criminosa e à tentativa de enfraquecer a atuação de órgãos de , como a e o .

Lopes também apontou que o projeto não aborda de forma adequada a perda de bens das facções, essencial para o enfraquecimento financeiro desses grupos, como demonstrado na operação “Carbono Oculto”. “O sucesso dessa operação foi asfixiar financeiramente as organizações criminosas. E defendemos que, no início do processo, deve haver a perda do domínio e dos patrimônios das facções”, destacou Lopes, ressaltando a necessidade de uma legislação mais rígida e clara nesse aspecto.

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Além disso, o deputado criticou a proposta de criar uma lei autônoma, separada da legislação existente sobre o combate a organizações criminosas, e que poderia dar margem para defesas jurídicas que favorecessem as facções. Para Lopes, isso resultaria em impunidade e enfraqueceria o combate ao crime organizado no .

O parlamentar também abordou a preocupação com o impacto político da discussão, uma vez que o país se aproxima de um ano eleitoral. No entanto, ele acredita que o projeto não deve ser travado por questões políticas. “Eu não acredito que a discussão vá ser travada, apesar das críticas ao relatório”, afirmou, destacando que, apesar dos erros do relator, a pressão da sociedade civil e dos meios de comunicação está ajudando a ajustar o texto.

Lopes enfatizou a importância de aprimorar o texto até a próxima semana, quando o projeto deve ser levado à votação na Câmara dos Deputados. Ele também afirmou que, além da aprovação do PL, é fundamental a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Pública, que visa modernizar a estrutura de segurança pública do país, promovendo maior integração entre as forças de segurança e um investimento mais eficaz em inteligência policial.

“A segurança pública no Brasil está falida, precisamos modernizar o modelo e investir em inteligência para combater as facções criminosas”, concluiu o deputado. O debate sobre o PL de combate às facções criminosas segue acirrado no Congresso, e a expectativa é que novos ajustes sejam feitos nas próximas semanas, com a meta de garantir um texto mais robusto e eficaz no enfrentamento do crime organizado.



Fonte: Jovem Pan

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