Atualmente, reuniões com Estado e Prefeitura seguem e pelo menos três áreas são monitoradas
Quase seis meses depois do “fim” da Cracolândia na capital paulista, o grupo de monitoramento da área, formado por Estado e Prefeitura de São Paulo, continuam acontecendo. O monitoramento, neste momento, esta focado em menos três pontos que já tinham consumo de drogas: o Viaduto Okuhara Koei, na Consolação, região Central da capital; a região do Ceagesp, na Zona Oeste, e na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul. O centro expandido é uma das prioridades. Segundo o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, “nenhum deles [desses pontos] são o que poderíamos chamar de Cracolândia, mas são pontos de atenção que sempre existiram e agora estão tendo um olhar especial”.
O objetivo, segundo ele, é “aproveitar a experiência com a Cracolândia e ampliar as ações para outras áreas, já que agora a Cracolândia de fato deixou de existir”. Além dos pontos monitorados, Ramuth destaca que as equipes de Assistência Social e Saúde agora também usam a abordagem do antigo fluxo em usuários individuais.
Atualmente, existem reuniões semanais e individuais por grupos de atenção – como saúde, segurança e assistência social – e todos se encontram, em conjunto, uma vez por mês. Do lado do Estado, os trabalhos são comandados pelo vice, Felício Ramuth, assim como do lado da prefeitura, Mello Araújo. O secretário executivo de Projetos Estratégicos da gestão municipal, Edsom Ortega, é coordenador executivo.
Além dos pontos de atenção, Ortega explica que alguns locais monitorados variam. “Este trabalho é descentralizado com as subprefeituras e equipes saúde, assistência, seguranca, entre outros. E os locais nem sempre são os mesmos, nos mesmos lugares. O que fazemos é orientar os procedimentos e apoiar nas demandas que apresentam”, diz.
Ele aponta que, na área de segurança, estão sendo tomadas ações para além do combate ao tráfico de drogas ou crimes relacionados: o objetivo é conter o retorno ou a chegada de novas pessoas. “Queremos conter o influxo de pessoas que passaram ou passam pelo sistema Penitenciário e de Justiça. E para conter pessoas de outros estados e municípios em busco da tal Cracolândia que não existe mais”, explica.
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Estudos da UNIFESP/UNIAD mostraram, em 2023, que 51% das pessoas que frequentavam a cena aberta de uso da rua Protestantes não eram da capital. 23% eram de outros municípios, 24% de outros estados e 3% de outros países. Somente 11% dos usuários eram da região central.
Área do antigo fluxo
Como antecipado pela coluna, a Prefeitura de São Paulo já tem um projeto pronto para a revitalização do local que abrigava a Cracolândia.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
Fonte: Jovem Pan


