Com o fim do prazo nesta quinta-feira (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve apresentar a sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a acusação de ter comandado uma tentativa de golpe de Estado, após as eleições de 2022, que envolvia a morte do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
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O SBT News conversou com um dos advogados de Bolsonaro, que informou que o prazo será cumprido.
A denúncia contra o ex-presidente e outras 33 pessoas foi formalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 19 de fevereiro e o prazo de resposta dado por Moraes foi de 15 dias. A defesa de Bolsonaro havia solicitado mais tempo para elaborar o documento, mas o pedido foi negado.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também se manifestou, nesta quarta-feira (5), contra o recurso do ex-presidente para ampliar o prazo para apresentação de defesa sobre a denúncia da trama golpista.
Após o envio das defesas, o ministro poderá abrir espaço para que a Procuradoria-Geral da República esclareça possíveis questionamentos ou encaminhar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF.
Entenda
Além de golpe de Estado, os acusados podem responder pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado.
Um dia depois da denúncia, o ministro Alexandre de Moraes determinou a retirada do sigilo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que revelam detalhes do plano golpista orquestrado pelo ex-presidente e seus aliados.
No documento, Moraes também notificou os denunciados, determinando que recebam cópias da denúncia, da íntegra da colaboração premiada e da decisão judicial.
Fonte: Jornal Pequeno