O salto do texto à aventura gráfica
Em 1979, Warren Robinett, aos 26 anos, decidiu transformar o clássico de texto Colossal Cave Adventure num jogo visual para o Atari 2600. Um feito quase impossível: converter aqueles mundos cheios de palavras em gráficos simples, controlados por joystick e limitados a 4 KB de memória.
Mas ele fez. E criou Adventure, o primeiro game de ação-aventura para consoles, com labirintos por várias telas, dragões, ponte mágica, morcego trapaceiro e até opção de “continuar” após ser devorado. Revolução total na época.

Warren Robinett. Crédito: Josh Valcarcel/WIRED
O “Easter Egg” mais famoso da história e como nasceu
Na época, os desenvolvedores da Atari não tinham créditos visíveis nos jogos, era política da empresa evitar que fossem reconhecidos. O que Robinett fez? Criou, secretamente, uma sala oculta no jogo dizendo: “Created by Warren Robinett”. Um truque inspirado naquela polêmica de Beatles que, tocados ao contrário, teriam “I buried Paul”.
O segredo só veio à tona quando a Atari lançou o jogo e um garoto de 15 anos de Utah enviou uma carta aos desenvolvedores depois de descobrir o tal “ponto cinza” (Gray Dot) escondido.
Esse foi contado como o primeiro Easter Egg em videogames a ganhar notoriedade, um símbolo de resistência criativa e que virou parte da cultura pop, inspirando até Ready Player One. Hoje, ninguém mais pergunta “quem fez esse jogo?”, mas como alguém teve coragem de declarar seu nome escondido em meio ao mundo digital.
O impacto foi tão grande que o próprio conceito virou trampolim para iniciativas maiores. A série Swordquest, por exemplo, transformou os Easter Eggs em concursos reais com prêmios físicos, missão de caça ao tesouro tanto no game quanto em HQs.
Fonte: Wired
Esse conteúdo O primeiro “easter egg” da história dos videogames foi criado pelo site Fatos Desconhecidos.