Os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Pedro Campos (PSB) discutiram, nesta sexta-feira (25), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o projeto de lei que anistia os envolvidos no 8 de janeiro vai avançar sem o regime de urgência na Câmara.
O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), junto a líderes, decidiu adiar a análise da urgência do projeto de lei. Logo depois, o líder da oposição, Zucco (PL-RS), prometeu que o grupo irá obstruir a pauta até que o projeto seja discutido pelos parlamentares.
Sóstenes tem convicção de que o projeto irá avançar.
“Enquanto eu e você estamos no ar condicionado da nossa casa, no conforto do nosso lar, essas pessoas estão em cárcere com perigosos assaltantes, pessoas com uma ficha criminal extensa. Pessoas que simplesmente estavam manifestando-se no 8 de janeiro. A ampla maioria delas sequer quebrou ou depredou patrimônio público e está sendo julgada com essas penas absurdas do STF”, opinou Sóstenes.
“Somente cabe ao Congresso Nacional a correção de quando o STF age por emoção, por instinto, por motivação política e pratica o que nós estamos vendo, uma verdadeira injustiça”, prosseguiu.
Para Campos, o projeto da anistia é um erro.
“O projeto que foi apresentado inclusive antes do 8 de janeiro pelo Major Vitor Hugo, que foi líder do governo Bolsonaro, ele cria uma anistia geral para todas as pessoas que tentaram dar golpe de Estado desde o momento em que o presidente Lula foi eleito até o momento que essa lei será aprovada no Congresso Nacional e é exatamente essas pessoas que eles tentam esconder”, disse Campos.
“Cabe uma discussão em relação à dosimetria da pena, mas entendendo que são pessoas radicalizadas, pessoas que foram ao extremo e que penas superiores a dez anos só estão sendo aplicadas para pessoas que invadiram prédios públicos ou depredaram patrimônio público”, finalizou.
Fonte: CNN Brasil