O comentarista Caio Coppolla e o legisperito Alessandro Soares discutiram, nesta quinta-feira (23), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o ex-presidente Jair Bolsonaro ocupasse um função de ministro, poderia ser uma “saída” para a direita brasileira nas eleições gerais de 2026.
Em entrevista à CNN, o ex-chefe do Executivo admitiu a possibilidade de colocar a esposa, Michelle Bolsonaro, uma vez que cabeça de placa nas eleições presidenciais de 2026 e ser nomeado ministro da Lar Social caso ela vença a disputa.
“Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando uma vez que ministro da Lar Social, pode ser”, afirmou Bolsonaro.
Para Coppolla, a direita não precisa buscar uma saída eleitoral, e, sim, a esquerda brasileira. Aliás, para ele, Michelle teria uma repudiação mais baixa e estaria “mais conectada à grife” do legado político do marido.
“Quem precisa buscar uma saída eleitoral para 2026 não é a direita, é a esquerda”, disse o comentarista. “Temos um governo impopular, cujos dois potenciais candidatos estão com a sua imagem muito desgastada, e ambos perderam a crédito do mercado e da população”, completou.
“Ela [Michelle Bolsonaro] é a mais conectada à grife e ao legado do ex-presidente Jair Bolsonaro, só que com uma repudiação muito mais baixa”, concluiu.
Já Alessandro Soares acredita que Bolsonaro tem “plena consciência” de que permanecerá inelegível em 2026.
“Ele tem plena consciência de que ele não estará elegível para as eleições de 2026”, afirmou o legisperito. “Diante desse cenário, ele tem que passar. Ou seja, existe uma espécie de urgência para ele, porque ele sabe que o meio político tem muito interesse em comprar os votos bolsonaristas de alguma forma”, argumentou.
“E para que o Bolsonaro se mantenha no foco da política, e isso é necessário para uma sobrevivência, ele necessariamente tem que manter a sua radicalidade, o seu extremismo político, e com isso continuar sendo uma espécie de sol do sistema político solar da direita”, adicionou Alessandro Soares.
Manadeira: CNN Brasil
