Nova caneta nacional chegou: o que ela realmente entrega ao seu corpo?

Nova caneta nacional chegou: o que ela realmente entrega ao seu corpo?

FreepikApesar do sucesso das canetas para emagrecer, ainda há muitos mistérios em torno de seus respectivos efeitos no corpo

De acordo com dados do Trends, as pesquisas pelo nome das canetas emagrecedoras já somam quase o dobro das consultas sobre dietas. Sim, elas se tornaram uma febre nos últimos anos e agora, o finalmente entrou na corrida farmacológica e começou a vender o primeiro injetável produzido em território nacional. Batizado de Olire, o medicamento tem como princípio ativo a liraglutida e foi desenvolvido pela farmacêutica brasileira EMS.

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Apesar do sucesso que elas estão fazendo no país, principalmente por causa dos influenciadores, ainda há muitos mistérios em torno de seus respectivos efeitos no corpo. Afinal, todas as canetas funcionam? Quantas aplicações são necessárias para conseguir um efeito significativo? Todas elas emagrecem e tratam diabete igualmente? Para responder essa e outras perguntas, a Jovem Pan consultou a médica nutróloga Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento que convive em consultório com os mitos e verdades dessa nova onda em prol do shape perfeito.

Dra Ana Luisa Vilela Divulgação Entrevista Consultório

A Jovem Pan consultou a médica nutróloga Ana Luisa Vilela sobre o assunto (Divulgação)

O que sabemos sobre a liraglutida?

Antes de tudo, é necessário entender o que é liraglutida (Saxenda/Victoza). A substância foi a primeira a chegar ao Brasil, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2016, e conforme a especialista Ana Luisa, ela precisa ser aplicada todos os dias. “Seu efeito ajuda a emagrecer e já provou agir inclusive como uma proteção ao coração”. De acordo com a médica, há muito a se analisar. “Conhecida pela marca original Saxenda, a liraglutida é um análogo do GLP‑1 – um hormônio que o próprio intestino produz após as refeições. Quando injetado diariamente, ele prolonga a saciedade, retarda o esvaziamento gástrico e ajuda a regular o apetite diretamente no cérebro”, explica. Questionada sobre os resultados do injetável, a médica entrega: “Em média, promove perda de 5% a 8% do peso corporal, com bons resultados para quem tem compulsão alimentar ou resistência à insulina. De benefício extra, pode ajudar no controle do comportamento alimentar emocional e diminuir o desejo por , já que a aplicação é diária”.

Liraglutida, semaglutida e tirzepatida: tem diferença?

Além da liraglutida, outras substâncias emagrecedoras injetáveis são conhecidas do público, como a semaglutida (Wegovy/Ozempic). Esta, no entanto, é injetada só uma vez por semana e pode fazer a pessoa perder, em média, até 15% do peso. A mais nova de todas elas, é a tirzepatida (Mounjaro/Zepbound), que também tem aplicação semanal. Sua fórmula combina dois hormônios e tem mostrado resultados de 20% de perda de peso. “A Semaglutida (a atual queridinha) comercializada como Ozempic (para diabetes) também é um agonista do GLP‑1, mas com ação prolongada e potência superior. Promove perda média de até 15% do peso corporal, com relatos de melhora expressiva no controle da fome, saciedade duradoura e até diminuição de pensamentos obsessivos por . Efeitos adicionais incluem melhora de perfil glicêmico, redução de inflamação e possível proteção cardiovascular”, complementa a especialista.

A Tirzepatida, considerada a mais promissora do momento, comercializada sob o nome Mounjaro, faz parte da nova geração de injetáveis. Em sua fórmula, contempla: um agonista duplo dos receptores GLP‑1 e GIP. Ou seja, por consequência atua em dois hormônios ao mesmo tempo, ampliando o impacto metabólico. “A perda de peso geralmente é superior a 20% em estudos – um número comparável à bariátrica em alguns casos. Atua reduzindo o apetite, aumentando a queima de gordura e otimizando a sensibilidade à insulina. Também promove efeitos na saúde do fígado e no controle de gordura visceral”.

As canetas emagrecedoras, como foi citado antes, não agem apenas na perda de peso e podem influenciar diferentes partes do corpo. Alguns benefícios, resultam em boa saúde como a melhora do controle glicêmico, redução da gordura no fígado e diminuição da inflamação sistêmica. “Em alguns casos elas ainda podem ajudar a proteger o coração e com certeza a reprogramar o comportamento alimentar”, lembra Vilela.

Afinal, como escolher a correta?

Se todas fazem bem e prometem a perda de peso, como então escolher a ideal? Tudo depende do objetivo do paciente e como seu organismo reage. Para isso, é necessário acompanhamento constante de um profissional habilitado. Além disso, a médica declina a tese de que as canetas são ‘milagrosas’ já que para obtenção de resultados reais é necessário aliar o uso do medicamento com bons hábitos.

A escolha da melhor caneta, apesar das características apresentadas, depende da meta de cada paciente, dos efeitos colaterais e, claro, do preço e da disponibilidade. Todas devem ser prescritas com acompanhamento médico e associadas a mudança de estilo de vida. “As canetas não são ‘milagrosas’ – são ferramentas potentes, mas que precisam de contexto. No fim das contas, a escolhida não deve ser a mais nova ou famosa – é a que faz sentido para o seu corpo, sua rotina e seus objetivos. Porque emagrecer não é só perder peso. É recuperar o comando da própria fome, com inteligência e estratégia, para que a saúde permaneça”, finaliza.

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Redação

Assessoria de comunicação da agência SLZ7. Uma empresa de desenvolvimento e marketing digital que oferece soluções estratégias e fortalecimento de marcas aumentando a presença online

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