Atualmente, os millennials, conhecidos como “nativos digitais”, na faixa dos 30 a 45 anos, vêm assumindo mais cargos de liderança e isso vem transformando a gestão corporativa.
Entretanto, ao contrário das expectativas, essa ascensão traz consigo um impacto crescente na saúde mental dos gestores, levando a sintomas de burnout e desgaste emocional. Por isso, é essencial aprofundarmos nesse assunto.
A geração “do estresse”
Em primeiro lugar, estudos como o da Seramount, divulgados esse mês de julho, mostram que 77% dos millennials relatam ao menos um sintoma de burnout, como exaustão e desmotivação.
Além disso, uma pesquisa da Tech.co revelou que a taxa de burnout entre gerentes jovens atinge 61%, enquanto diretores e VPs chega a 25%. Notavelmente, esse índice é muito superior ao de CEOs (10%), confirmando que o esgotamento é mais intenso nas camadas intermediárias da gestão.
Jack Turner, editor da Tech.o, alerta:
Burnout é uma questão significativa nos negócios hoje… não são os CEOs que sentem a maior pressão, mas gerentes e diretores…
A pesquisa também destaca a sobrecarga de trabalho e a pressão por estar ‘sempre disponível’. 93% dos jovens líderes encaram como normal serem contatados durante as férias.
Mesmo em uma posição com autonomia, a ausência de limites cotidianos alimentam o desgaste mental.
Como fugir do “burnout”

Suporte psicológico
Diante da problemática exposta, especialistas recomendam redução de tamanhos das equipes, menos reuniões desnecessárias e anuência de agendas claras. Isso permite o foco produtivo e o alívio da rotina.
Ademais, programas de treinamento e desenvolvimento emocional, assim como suporte psicológico, têm se mostrado eficazes para conter a curva de esgotamento entre líderes millennials.
Além disso, iniciativas como semana de trabalho de 4 dias – testadas globalmente – têm demonstrado até 67% de redução no burnout, melhoria de 41% na saúde mental e aumento na qualidade do sono.
Tais medidas reforçam que repensar estruturas e práticas de trabalho pode beneficiar não apenas os líderes, mas todo o ambiente corporativo.
Em suma, embora os millennials estejam redefinindo a gestão com foco em propósito, autonomia e empatia, eles enfrentam uma crise real.
Nesse contexto, é essencial que empresas emplementem estruturas de apoio como mentorias, treinamento emocional e políticas de bem-estar. Afinal, liderar com empatia só é possível quanto o líder também tem um suporte real.
Esse conteúdo Millennials e burnout: um panorama preocupante foi criado pelo site Fatos Desconhecidos.