O gabinete de segurança de Israel aprovou um plano estratégico para assumir o controle da cidade de Gaza, com o objetivo principal de derrotar o Hamas e concluir o conflito na região. A iniciativa, detalhada nesta sexta-feira (8), estabelece cinco pontos cruciais para sua execução.
O plano prevê o desarmamento do Hamas e a libertação de aproximadamente 50 reféns ainda detidos pela organização, dos quais estima-se que 20 estejam vivos. Além disso, busca-se a desmilitarização completa da faixa de Gaza, com Israel mantendo o controle total da segurança mesmo após o término do conflito.
Situação humanitária e resistência
Atualmente, Israel já controla 75% do território palestino e planeja deslocar cerca de um milhão de palestinos da cidade de Gaza para o sul da região. No entanto, a área sul já enfrenta condições extremamente precárias e uma grave crise humanitária, com espaço limitado para abrigar mais pessoas.
A população israelense tem demonstrado resistência ao plano. Familiares dos reféns mantidos pelo Hamas protestaram contra a operação, argumentando que a iniciativa pode colocar em risco ainda maior a vida dos cativos. Pesquisas indicam que 70% da população israelense deseja o fim do conflito.
Contexto político
A decisão de avançar com o plano surge em meio a pressões políticas internas.
Analistas apontam que a medida foi influenciada por membros da coalizão de direita israelense, que condicionaram seu apoio político à tomada de controle da faixa de Gaza. Em entrevista à Fox News, Benjamin Netanyahu afirmou que o objetivo é “garantir a segurança” e permitir a transição para um governo civil na região.
Fonte: CNN Brasil