Dados do relatório da CGU revelaram que mais de 742 mil beneficiários solicitaram o cancelamento dos descontos feitos por pelo menos 11 associações diretamente na folha de pagamento
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou uma média de 3.898 solicitações diárias para a anulação de cobranças indevidas na folha de pagamento de aposentados e pensionistas durante o primeiro semestre de 2024. No total, foram mais de 742 mil pedidos, com 95,6% deles relacionados a descontos que não foram autorizados pelos beneficiários. Esses dados foram revelados em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que serviu de base para uma operação da Polícia Federal.
A investigação da PF resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, além de outros servidores. O foco da apuração é um esquema que permitia que associações e sindicatos realizassem descontos diretamente na folha de pagamento, acarretando um prejuízo estimado em mais de R$ 6 bilhões. A CGU também destacou que 97,6% dos entrevistados afirmaram não ter autorizado tais descontos.
O aumento no número de pedidos de cancelamento começou a ser observado em 2023, o que chamou a atenção das autoridades. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deverá prestar esclarecimentos sobre a operação na Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados. A ação da Polícia Federal incluiu o cumprimento de 211 mandados judiciais e investiga cobranças indevidas que ocorreram entre 2019 e 2024.
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Em resposta à operação, tanto o INSS quanto a CGU decidiram suspender os descontos na folha de pagamento relacionados a convênios com entidades até que cada acordo seja analisado. O governo também anunciou a intenção de ressarcir os valores que foram descontados de forma irregular, embora ainda não tenha fornecido informações detalhadas sobre como esse processo será realizado.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira
Fonte: Jovem Pan