Humanidade extinta em 2026? Conheça a teoria assustadora

Humanidade extinta em 2026? Conheça a teoria assustadora

Não é profecia: é matemática, e pressão

Quatro meses depois de Hiroshima e Nagasaki, um grupo de cientistas de Chicago criou o Bulletin of the Atomic Scientists (BAS) para discutir riscos globais da , da bomba nuclear à biotecnologia e, hoje, claro, a IA e a crise climática. Em 1947, eles deram ao mundo um símbolo que virou meme e medo: o Relógio do Juízo Final, cuja meia-noite representaria a extinção da humanidade.

Todo ano, o BAS move os ponteiros para mais perto ou mais longe do zero final. Já estivemos em momentos tensos várias vezes, mas o susto recente foi histórico: em 2023, o relógio ficou a 90 segundos da meia-noite. E aí a pergunta que não quer calar: por que alguém diria que 2026 pode ser o nosso limite?

O homem que fez a conta: Heinz von Foerster

Nos anos 1960, o físico austríaco-americano Heinz von Foerster jogou uma bomba matemática em uma entrevista: se as tendências de crescimento continuassem, a humanidade poderia colapsar por volta de 2026. Nada de meteoro, nada de zumbis. O problema, segundo ele, seria mais simples e incômodo: gente demais no mesmo espaço, pressionando recursos, cidades e sistemas sociais até o aperto ficar insuportável.

Von Foerster não estava “prevendo o apocalipse” como um adivinho, e sim mostrando o que acontece quando uma curva cresce rápido demais. Ele chamava atenção para um efeito cumulativo: mais população, mais , mais demanda por , água, energia e terra e, ao mesmo tempo, menos respiro para os ecossistemas.

População: do “boom” ao aperto urbano

Olha só o salto: em 1960, a humanidade tinha algo em torno de 3 bilhões de pessoas. Em 2022, passamos dos 8 bilhões. E a projeção da ONU fala em quase 10 bilhões por volta de 2050, ultrapassando 11 bilhões no fim do século. Tudo isso com 60% da população vivendo em cidades até meados do século, o que significa moradia, saneamento, transporte e emprego para 2,5 bilhões de pessoas a mais nos centros urbanos.

Como encaixar tanta gente? Projetos como o Reinvent Paris 2 pediram a arquitetos e urbanistas que encontrassem usos criativos para terrenos subutilizados. Ainda assim, o quebra-cabeça é gigante, porque a disputa por espaço não acontece só na cidade: o campo também está no limite.

O prato feito do planeta: quem come o quê e onde?

Segundo avaliações internacionais, cerca de 40% das terras do planeta está sob uso agropecuário, e grande parte da área agrícola global serve para alimentar rebanhos (pastos e produção de ração). Traduzindo: mesmo que você não “coma terra”, a sua comida “mora” nela. E isso custa floresta, biodiversidade e água.

Se a população cresce, a conta aperta. A matemática que Foerster cutucou é a do acúmulo: pequenas decisões individuais viram um impacto coletivo gigantesco quando multiplicadas por bilhões. A melhor tecnologia de alimentos ajuda muito, mas, sozinha, não resolve o desenho do tabuleiro.

E o Relógio do Juízo Final nisso tudo?

O Relógio não é uma previsão “mística” de data de fim, e sim um termômetro de risco. Ele considera tensões como guerra nuclear, crise climática, desinformação e agora IA descontrolada. Em 2015, por exemplo, os ponteiros ficaram a 3 minutos da meia-noite em meio à e à modernização de arsenais. Em 2023, cravamos 90 segundos, o patamar mais próximo do limite até então.

Tá, mas por que isso assusta? Porque esses fatores se retroalimentam. Clima piora a escassez; escassez alimenta conflitos; conflitos desviam recursos de adaptação e mitigação. E o relógio vai tic-tacando.

“Espremidos até a morte”: o que Foerster quis dizer

Foerster não era malthusiano clássico. Em vez da ideia de “fome inevitável”, ele dizia que poderíamos ser espremidos socialmente: trânsito, poluição, preço de moradia nas alturas, água disputada, clima extremo, serviços no limite. O colapso não viria como explosão hollywoodiana, mas como um aperto progressivo até quebrar.

Ele também provocou com políticas de controle de natalidade “indolores”, como tributação para famílias com mais de dois filhos. Polêmico? Muito. E cheio de efeitos colaterais sociais, principalmente para os mais pobres. A questão central, porém, permanece: como administrar um planeta de quase 10 bilhões de pessoas sem transformar tudo em um engarrafamento existencial?

O que (ainda) dá para fazer: sem drama

1) Planejar cidades que cabem nas pessoas

  • Adensar com qualidade: moradia perto de emprego, serviços e transporte de .
  • Reaproveitar áreas subutilizadas (galpões, vazios urbanos) com usos mistos.
  • Infra verde-azul: parques, telhados verdes, drenagem, cidade que respira melhor.

2) Comer e produzir melhor

  • Eficiência agrícola com menos desperdício e cadeias mais curtas.
  • Proteção de biomas e restauração de áreas degradadas.
  • Dieta inteligente: reduzir desperdício e diversificar proteínas diminui pressão sobre a terra.

3) Reduzir riscos sistêmicos

  • Descarbonização acelerada da energia e da .
  • Diplomacia científica para armas nucleares e tecnologias emergentes.
  • Educação e saúde como base de escolhas reprodutivas livres e informadas.

Então… 2026 é “o ano do fim”?

Respira. A data virou símbolo de um alerta, não um veredito. A força do argumento de Foerster está menos no número exato e mais no ritmo da curva. Se a gente muda as variáveis,  , cidades mais inteligentes, produção eficiente, direitos reprodutivos, a curva muda junto. É matemática também.

Fonte: Mega Curioso

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Assessoria de comunicação da agência SLZ7. Uma empresa de desenvolvimento e marketing digital que oferece soluções estratégias e fortalecimento de marcas aumentando a presença online

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