O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta quarta-feira (5), que não vai adiantar o planejamento para o Imposto de Renda (IR), porque não tem autorização do Palácio do Planalto para divulgá-lo. A declaração ocorreu após encontro com Hugo Motta (Republicanos-PB), novo presidente da Câmara dos Deputados.
“Nós terminamos o desenho [da compensação do IR]. Eu só não vou adiantar porque eu não tenho autorização do Planalto ainda para isso. Agora começa uma tramitação formal, vai acabar vindo nas próximas semanas pra cá [Congresso Nacional]”, declarou o ministro da Fazenda.
Nesta manhã, Haddad e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, entregaram, a Hugo Motta, um conjunto de 25 medidas econômicas consideradas prioritárias no Planalto para votação no Congresso Nacional neste ano.
Dentre as 25,15 iniciativas dependem do apoio do Legislativo. O principal projeto será a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
Segundo Haddad, o desenho da compensação financeira da medida está em análise no Planalto. Assim que aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o projeto será enviado ao Congresso.
“Essa é uma reforma que nós queremos que tramite com a cautela devida e com a transparência devida. Como é uma coisa muito importante, tanto quanto foi a reforma do imposto do consumo, que foi uma coisa muito discutida, essa é mais simples porque não exige emenda constitucional, não exige lei complementar, é uma lei mais simples, mas tem um impacto econômico relevante para todo o país”, completou Haddad.
Elogio a Hugo Motta
Durante a coletiva, Haddad afirmou ainda que o novo presidente da Câmara é uma “liderança extraordinária” e elogiou a relação com o deputado. Em aceno, o ministro foi pessoalmente ao Congresso Nacional, nesta tarde, apresentar as prioridades do governo na agenda econômica.
“Vejo, na figura do deputado Hugo Motta, uma liderança extraordinária, que o Brasil já conhecia e passa a conhecer melhor agora em um cargo tão importante. Acompanhei o seu mandato até aqui, aliás o quarto [mandato]. Tenho satisfação de dizer que a relação entre nós, ao longo desses últimos dois anos, não poderia ser melhor”, disse o ministro da Fazenda a jornalistas.
Fonte: CNN Brasil