O gabinete de segurança de Israel deve se reunir nesta terça-feira (26), informou uma fonte familiarizada com os planos.
O gabinete de segurança discutirá o iminente ataque israelense à Cidade de Gaza, disse a fonte, mas não está claro se a mais recente proposta de cessar-fogo — aceita pelo Hamas há mais de uma semana — também será discutida.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não deu nenhuma indicação de que pretende se envolver na proposta de cessar-fogo de 60 dias que está sendo discutida pelos mediadores.
Desde que os americanos e israelenses se retiraram das negociações no mês passado, Netanyahu afirmou que consideraria apenas um acordo abrangente para encerrar a guerra e devolver todos os reféns, nos termos de Israel.
Ainda há 50 reféns em Gaza, dos quais se acredita que 20 estejam vivos.
Na segunda-feira (25), Netanyahu disse à senadora americana Jodi Ernst que Israel “agirá com determinação e força para devolver todos os reféns e derrotar o Hamas”, conforme comunicado da reunião.
Entenda a guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.
Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.
Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.
Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
Desde o início da guerra, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.
Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.
Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.
Segundo a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.
Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.
Fonte: CNN Brasil