Fósseis de dinossauros podem ser a chave para tratamento do câncer em humanos
Uma das doenças mais temidas pelas pessoas, se não a mais, é o câncer. Como essa é uma doença que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, estudos sobre ela nunca param na tentativa de encontrar um tratamento ou até mesmo uma cura. Agora, um novo estudo publicado na revista Biology mostrou que fósseis de dinossauros podem ajudar no tratamento do câncer em humanos.
O trabalho foi feito em parceria pelos pesquisadores das universidades Anglia Ruskin (ARU) e Imperial College London, no Reino Unido. Eles estudaram os fósseis de dinossauros para compreender melhor o surgimento e evolução do câncer, o que tem o potencial de abrir novas portas para tratamentos.
O foco do estudo foi o Telmatosaurus transsylvanicus, um herbívoro com bico de pato que viveu na região que hoje é a Romênia, entre 66 e 70 milhões de anos atrás. Ele era conhecido como lagarto do pântano pela região onde foi descoberto, na Bacia de Hateg.
A atenção dos pesquisadores foi para uma coisa bem pequena dentro dos ossos dele: as estruturas parecida com glóbulos vermelhos, que são as células que carregam oxigênio no sangue. Para descobri-las, eles usaram a técnica chamada paleoproteômica, que faz a análise das moléculas antigas.
Fósseis de dinossauros e tratamento do câncer em humanos
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Então, usando um microscópio eletrônico de varredura (MEV) eles enxergaram detalhes minúsculos nos ossos fossilizados. No caso das estruturas parecidas com os glóbulos vermelhos. elas mostraram que tecidos moles, como músculos, vasos sanguíneos e até células, podem ser preservados nos fósseis durante milhões de anos.
A relação dos fósseis de dinossauros e tratamento do câncer se dá pela descoberta feita que esse dinossauro tinha um tumor na mandíbula, chamado ameloblastoma, que se parece com o humano, mesmo sendo benigno.
Em 2016 essa descoberta começou na época em que o oncologista Justin Stebbing, da ARU, leu a respeito do fóssil com tumor e quis estudá-lo. “Quero pegar esse tumor e ver o que podemos aprender com ele”, disse ele, de acordo com Biancastella Cereser, especialista em câncer do Imperial College.
Com a análise de proteínas preservadas nos tecidos moles dos fósseis foi possível descobrir pistas a respeito de como o câncer funcionava em criaturas tão antigas. Proteínas mais resistentes que o DNA guardaram informações a respeito de como o corpo dos dinossauros se comportava com a doença.
Esse fato é importante porque, da mesma forma que é vista nos humanos, animais como o Telmatosaurus eram grandes e viviam por anos. Então, estudar o câncer nos dinossauros pode ajudar os pesquisadores a entender como ele evoluiu por milhões de anos. Assim, repostas podem ajudar em novos tratamentos para humanos.
“Nossa pesquisa é como montar um quebra-cabeça. Cada peça nos ajuda a entender melhor os blocos de construção do câncer”, disse Stebbing.
Fonte: R7
Imagens: R7
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