O Estado do Maranhão realizou, em menos de 24 horas, quatro transplantes de órgãos na rede estadual: dois de fígado e dois de rim. As cirurgias aconteceram no Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) — unidade referência em alta complexidade, localizada em São Luís — e representam o primeiro e maior número de transplantes realizados em sequência pela rede pública estadual.
A primeira cirurgia ocorreu na madrugada de sexta-feira (25). Ao longo do dia, foram realizados mais três procedimentos, iniciados no final da manhã. O fígado foi transplantado em um homem de 62 anos, em uma cirurgia que durou seis horas. Um dos rins foi destinado a uma mulher de 37 anos, em procedimento de três horas. O quarto órgão transplantado foi outro rim, para uma mulher de 34 anos, que estava na fila de espera; a cirurgia também durou três horas.
Os quatro pacientes seguem em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Transplantes do HCM, a primeira especializada do Maranhão.
Esse feito só foi possível graças ao investimento contínuo na estrutura hospitalar e na formação de equipes especializadas, além do trabalho articulado da Central Estadual de Transplantes (CET-MA), da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e dos profissionais do Hospital Dr. Carlos Macieira.
A estrutura do HCM foi determinante para o sucesso das operações. A unidade dispõe de alta capacidade logística e operacional, com equipes experientes e preparadas para procedimentos de alta complexidade. O hospital também conta com uma UTI especializada em transplantes, essencial para a condução do pós-operatório com segurança e qualidade.
As cirurgias hepáticas foram coordenadas pelo cirurgião do aparelho digestivo José Maria Júnior, enquanto os transplantes renais ficaram sob responsabilidade da nefrologista Juliana Etz.
O Hospital Dr. Carlos Macieira foi credenciado pelo Ministério da Saúde para a realização de transplantes em dezembro de 2024. A primeira cirurgia renal foi realizada em abril de 2025. Com os novos procedimentos, a unidade soma agora três transplantes renais e dois hepáticos em menos de quatro meses.
Fonte: Jornal Pequeno
