A Disney é a mais nova empresa a fazer mudanças nas suas políticas de diversidade, equidade e inclusão após a eleição do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, conforme noticiado pelo site americano Axios.
Em um documento enviado aos funcionários, a diretora de recursos humanos do grupo, Sonia Coleman, diz que está mudando as iniciativas de diversidade da empresa para priorizar os objetivos de negócios e os valores corporativos da empresa.
O memorando indicou que as políticas de diversidade terão um papel menos importante na avaliação das compensações de executivos e que a empresa está encerrando o programa “Reimagine Tomorrow”, criado em 2021 para amplificar vozes sub-representadas na companhia.
Nos últimos anos, a Disney foi alvo de críticas nos Estados Unidos por conta de alguns de seus posicionamentos relacionados à diversidade.
Em 2022, a empresa, que era vista como aliada da causa LGBTQIA+, foi criticada por não se posicionar antes sobre a lei “Don’t Say Gay”. Instituída pelo estado da Flórida, onde fica o principal parque da Disney, a regra proíbe escolas de discutirem orientação sexual e identidade de gênero.
A companhia também recebeu ataques de parte de seus fãs por conta de algumas decisões criativas em prol da diversidade em seus filmes. Um exemplo é o live-action A Pequena Sereia, criticado nas redes sociais pela escalação da atriz negra Halle Bailey para interpretar Ariel.
O atual CEO da Disney, Bob Iger, já se manifestou contra Trump no passado, mas tem se mostrado mais comedido neste segundo mandato do presidente. Especialistas acreditam que a empresa está adotando uma postura mais conservadora para evitar se envolver nos conflitos culturais de democratas e republicanos.
A empresa se junta a um grupo composto por outras gigantes corporativas como Meta, Google, McDonald’s, Accenture e Target, que também recuaram em seus compromissos de diversidade desde a eleição de Donald Trump.
Fonte: Exame