A luta contra a extinção dos rinocerontes ganhou um aliado inesperado: a radioatividade. Cientistas sul-africanos estão injetando pequenas quantidades de material radioativo nos chifres desses animais em um projeto inovador que busca desestimular a caça ilegal – responsável por dizimar populações inteiras desses gigantes africanos.
Uma solução extrema para um problema urgente
Apesar de abrigar a maior população de rinocerontes do mundo (cerca de 15 mil indivíduos), a África do Sul ainda sofre com a caça furtiva, impulsionada pela demanda por chifres no mercado negro. Como alternativa aos métodos tradicionais de proteção, pesquisadores da Universidade de Witwatersrand desenvolveram uma abordagem radical:
✔ Inserção de isótopos radioativos nos chifres de rinocerontes vivos
✔ Quantidade suficiente para tornar o material nocivo ao consumo humano
✔ Rastreamento facilitado por detectores de radiação em aeroportos e fronteiras
Como a radioatividade pode salvar os rinocerontes?
A estratégia tem dois objetivos principais:
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Dissuadir compradores – Chifres contaminados se tornam indesejáveis para uso medicinal ou ornamental.
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Facilitar a fiscalização – Detectores de radiação, já presentes em portos e aeroportos, podem identificar chifres traficados com mais eficiência.
O projeto é liderado pela Unidade de Radiação e Física da Saúde (RHPU) e usa doses seguras para os animais, mas potencialmente perigosas para humanos que manipularem o material.
Funcionará? Os desafios pela frente
Apesar do potencial, a iniciativa enfrenta questionamentos:
Efeitos a longo prazo na saúde dos rinocerontes ainda são estudados
Adaptação dos caçadores, que podem buscar métodos para “limpar” a radiação
Aceitação internacional – Alguns países podem resistir à ideia de produtos radioativos em circulação
Uma corrida contra o tempo
Enquanto debates éticos e científicos continuam, uma coisa é certa: a caça ilegal não dá trégua. Em 2024, mais de 400 rinocerontes foram mortos na África do Sul apenas por seus chifres. Se a radioatividade for a solução, pode ser a última esperança para evitar que esses animais desapareçam para sempre.
Colocar material radioativo nos chifres de rinocerontes
Um só planeta
De acordo com os pesquisadores, os animais não sentem nenhuma dor no momento de aplicar o material radioativo. Outro ponto ressaltado é que a quantidade do material é bem baixa e não consegue afetar a saúde dos rinocerontes e nem o meio ambiente. Contudo, os níveis aplicados já são suficiente para que os detectores, instalados em postos fronteiriços em volta do mundo para prevenir o terrorismo nuclear, sejam disparados.
De acordo com James Larkin, professor líder do projeto, “a cada 20 horas, na África do Sul, um rinoceronte morre por causa de seu chifre”. Além disso, os pesquisadores também frisaram que o contrabando dos chifres os fez “o produto falsificado mais valioso do mercado negro, valendo ainda mais do que ouro, platina, diamantes e cocaína”.
“Esses chifres caçados ilegalmente são traficados em todo o mundo e usados em medicamentos tradicionais ou como símbolos de status”, afirmaram.
Ainda conforme os pesquisadores, os rinocerontes serão monitorados através de coletas de sangue feitas de forma periódica para garantir que não existam efeitos inesperados causados pelo material. E o previsto é que esses efeitos radioativos durem cinco anos.
A iniciativa de colocar material radioativo nos chifres de rinocerontes vem por conta do infeliz fato que a caça ilegal dos animais está aumentado. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente da África do Sul, mesmo com os esforços do governo para combater o comércio ilegal, em 2023, 499 rinocerontes foram mortos.
Esse número equivale a um aumento de 11% com relação à 2022. O aumento acontece porque justamente os chifres dos rinocerontes são bastante procurados no mercado clandestino.
Além disso, os chifres dos rinocerontes podem ser usados na medicina tradicional por seu suposto efeito terapêutico. Tudo isso faz a caça ilegal desses animais aumentar ,e por conta disso, medidas têm que ser
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