No sul da Cidade do México, nos canais de Xochimilco, há uma pequena ilha que parece saída de um sonho sombrio: a Isla de las Muñecas (Ilha das Bonecas). Nesse refúgio isolado, milhares de bonecas, muitas quebradas, velhas, até sem cabeça, estão penduradas em árvores e cercando cada cantinho do lugar. Desde 2022, o Guinness reconhece essa coleção como a maior ilha de bonecas “assombradas” do mundo.
De respeito à obsessão
A história começou com Don Julián Santana Barrera, um homem que morava sozinho na ilha. Ele encontrou uma boneca flutuando no canal, ao lado do corpo de uma menina que havia se afogado. Como forma de honrar o espírito da criança e protegê-la, pendurou a boneca em uma árvore. Aos poucos, juntou mais, acreditando que elas ajudavam a acalmar presenças sobrenaturais.
A lenda persiste, mesmo após a morte de Julián
Em 2001, o próprio Julián morreu afogado no mesmo lugar onde teria encontrado a menina. Após a sua morte, a ilha virou atração turística. Os visitantes ainda podem ver três cabanas, um museu improvisado e a tão simbólica boneca favorita dele, a “Agustina”.
Um turismo que desafia o convencional
Hoje, é possível chegar à ilha a bordo das trajineras, as típicas canoas de Xochimilco. Muitos passeio são planejados com cuidado, já que alguns barqueiros se recusam a ir até lá por superstição.
Visitantes relatam ouvir sussurros, notar olhos que parecem piscar ou até mover bonecas com o olhar. Alguns fazem oferendas, doces, velas, até roupas, acreditando que mantêm a paz espiritual. A combinação de folclore, luto e romance sombrio cria uma narrativa poderosa, mais do que um ponto turístico, a ilha é uma memória viva, macabra e profundamente humana.
Fonte: Farout Magazine
Esse conteúdo Bonecas enforcadas em árvores: o lado sombrio da Ilha das Bonecas foi criado pelo site Fatos Desconhecidos.