Quem já leu ou assistiu Harry Potter sabe que existem muitos lugares mágicos que podem ser incríveis e também assustadores. Dentre eles, um se destaca por seu clima sombrio e cruel: Azkaban, a prisão bruxa mais temida de todas. Guardada por dementadores, criaturas capazes de sugar a felicidade de qualquer um, o local se tornou sinônimo de desespero e loucura.
Mas por trás da magia existe um detalhe curioso: Azkaban não foi criada totalmente do zero. J.K. Rowling se inspirou em uma prisão real que também é cercada de lendas, fugas impossíveis e histórias de medo. Estamos falando de Alcatraz, a famosa prisão norte-americana localizada em uma ilha da baía de São Francisco.
O lado sombrio de Azkaban
Nos livros Azkaban aparece como uma fortaleza isolada em meio ao mar do Norte. A cada descrição fica claro que não se trata apenas de uma prisão, mas de um verdadeiro inferno na Terra. Os prisioneiros perdem a noção de quem são, suas memórias felizes desaparecem e muitos enlouquecem antes mesmo de cumprirem a sentença.
Um dos personagens mais marcantes a falar sobre o lugar é Sirius Black. Injustamente condenado, ele sobreviveu anos entre os dementadores, sendo um dos raríssimos a escapar. Sua fuga, inclusive, foi tratada como impossível, algo que ecoa diretamente com o mito de Alcatraz, conhecida justamente como a prisão “sem saída”.
A inspiração real: Alcatraz

(Foto: Tom Szczerbowski/Getty Images)
Assim como Azkaban, Alcatraz também nasceu para ser uma prisão impossível de escapar. Localizada em uma ilha cercada por águas geladas e correntes violentas, o presídio norte-americano ficou famoso entre 1934 e 1963 por receber criminosos que o sistema considerava impossíveis de controlar. Entre seus moradores mais conhecidos estavam Al Capone, o mafioso mais temido da época, e Robert Stroud, o “Homem Pássaro de Alcatraz”.
As semelhanças com Azkaban são evidentes: isolamento total, sensação de abandono, guardas implacáveis e a ideia de que “ninguém sai vivo daqui”.
Fugas reais e fugas fictícias
Em Alcatraz, vários prisioneiros tentaram escapar. Oficialmente, a maioria morreu afogada nas águas geladas, mas alguns casos até hoje levantam dúvidas. O mais famoso aconteceu em 1962, quando Frank Morris e os irmãos John e Clarence Anglin desapareceram após uma fuga engenhosa. Nunca mais foram encontrados e até hoje não se sabe se sobreviveram.
Na ficção, Sirius Black se tornou o “Frank Morris” de Azkaban. A diferença é que, no lugar de bonecos de papelão para enganar guardas, Sirius usou sua habilidade de se transformar em animago (um cão enorme) para escapar da vigilância dos dementadores. A comparação entre realidade e fantasia só reforça como Rowling se inspirou em histórias de fugas “impossíveis” para dar mais credibilidade ao seu universo mágico.
O nome cheio de simbolismo
A palavra “Azkaban” também não foi escolhida ao acaso. Rowling revelou que uniu “Alcatraz” com “Abaddon”, termo hebraico que significa “abismo” ou “lugar de destruição”. O resultado é um nome que soa pesado, sombrio e ao mesmo tempo misterioso, perfeito para a prisão que assombra até mesmo os bruxos mais poderosos.
Enquanto Alcatraz virou museu e ponto turístico, recebendo milhares de visitantes por ano, Azkaban permanece viva na imaginação dos fãs como o pior destino possível para um bruxo.
E talvez seja justamente essa mistura de realidade e fantasia que torna a obra de Rowling tão fascinante. Ao buscar inspiração em lugares e nomes reais, ela conseguiu dar ainda mais verossimilhança ao seu mundo mágico, o que explica por que tantos leitores sentem que, de alguma forma, Azkaban poderia existir de verdade.
Fonte: Recreio
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