No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente o surto global do vírus que matou milhões de pessoas e impôs desafios sem precedentes aos sistemas de saúde
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia de COVID-19, causada pelo coronavírus. Este anúncio, feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, destacou a rápida propagação do vírus e a preocupante falta de ação coordenada a nível global. O que inicialmente parecia um surto distante, restrito à China, rapidamente se alastrou para todos os continentes, transformando radicalmente a vida cotidiana em todo o mundo. Cidades antes vibrantes tornaram-se silenciosas, com ruas desertas e comércios fechados. Em São Paulo, por exemplo, o governo estadual decretou um lockdown em março de 2020, que se estendeu por quase dois anos, alterando drasticamente a rotina dos cidadãos.
Durante este período, a vida exigiu adaptações significativas. Máscaras tornaram-se parte do vestuário diário, o distanciamento social foi imposto e o álcool em gel tornou-se um item essencial em lares e estabelecimentos. As aulas migraram para o ambiente virtual, e as compras online e por drive-thru se tornaram a norma. Em abril de 2021, o Brasil enfrentou o pico da pandemia, com mais de 3.000 mortes diárias, sobrecarregando cemitérios e causando sofrimento aos familiares impossibilitados de realizar despedidas adequadas. Enquanto isso, cientistas ao redor do mundo trabalhavam incansavelmente para desenvolver vacinas. Em janeiro de 2021, a vacinação começou no Brasil, com a aprovação emergencial dos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca, marcando um ponto de virada na luta contra a COVID-19.
A pandemia também trouxe à tona questões políticas significativas. A conduta do governo do então presidente Jair Bolsonaro foi amplamente criticada por minimizar a gravidade da doença, resultando na instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis omissões. No dia 5 maio de 2023, a OMS declarou o fim do alerta para a COVID-19, mas os impactos da pandemia ainda são sentidos de maneira profunda. As perdas humanas são irreversíveis, e a COVID longa continua a desafiar a comunidade médica, com sintomas persistentes que afetam a qualidade de vida de muitos sobreviventes.
Desde março de 2020, mais de 715.200 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil. Nesta semana, o país atingiu o menor patamar de casos e mortes, um sinal de esperança após anos de luta.

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A partir de 24 de março, a Jovem Pan apresentará uma série especial revisitando a pandemia e analisando suas profundas consequências. Esta série promete oferecer uma reflexão sobre os desafios enfrentados, as lições aprendidas e o caminho a seguir em um mundo que ainda se recupera dos efeitos devastadores da pandemia.
*Com informações de Camila Yunes
*Reportagem produzida com auxílio de IA