A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão anunciou a exoneração da capitã da Polícia Militar Marcela Soares Mouzinho Uhlmann, suspeita de envolvimento com uma organização criminosa. A decisão foi oficializada pelo governador Carlos Brandão e publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (11). A medida foi tomada com base no Acórdão do Tribunal de Justiça do Maranhão, que declarou a militar indigna do oficialato e incapaz de permanecer nas fileiras da corporação.
A exoneração da capitã se deu após sua prisão que ocorreu no dia junho de 2024, durante uma operação da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) contra uma organização criminosa envolvida com jogos de azar, especialmente o “Jogo do Tigre”. O caso aconteceu no bairro Pirâmide, na cidade de Raposa, região metropolitana de São Luís.
Na época, a SEIC informou que a militar foi detida após desacatar os agentes durante o cumprimento de dois mandados de prisão contra seu marido, Paulo Ricardo Santos Reis Silva, de 33 anos. Durante a abordagem, Paulo Ricardo tentou se esconder dentro de uma caixa d’água para evitar a prisão.
Ainda segundo SEIC, a capitã resistiu à ação policial e foi autuada por desacato e resistência. Além disso, os peritos constataram uma fraude nas instalações elétricas da residência do casal, conhecida popularmente como “gato”, o que resultou em mais uma autuação contra a oficial.
As investigações apontam que Paulo Ricardo atuava como segurança e fornecedor de armas para o grupo criminoso, enquanto a capitã Marcela seria responsável pelo fornecimento do armamento. O grupo era liderado por uma influenciadora digital, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades.
Após a prisão, a capitã foi conduzida para a sede da SEIC, no Bairro de Fátima, e posteriormente encaminhada ao presídio do Comando Geral da PMMA, no bairro Calhau. Seu marido também foi detido e responderá pelos crimes investigados.
A exoneração da capitã foi baseada no processo no qual a Justiça do Maranhão determinou a perda de sua graduação. O trânsito em julgado da decisão ocorreu em 3 de dezembro de 2024. A decisão foi assinada pelo governador Carlos Brandão e pelo Secretário-Chefe da Casa Civil, Sebastião Torres Madeira.
Esse caso gerou grande repercussão dentro da Polícia Militar e entre a população.
Fonte: Folha do Maranhão
Fonte: Jornal Pequeno