A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começou nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), reunindo delegações de mais de 190 países, pesquisadores e lideranças sociais. O Maranhão participa com uma agenda que combina ações de redução de impactos ambientais, incentivo à bioeconomia e recuperação de áreas degradadas.
O governador Carlos Brandão reforçou, em suas redes, o compromisso com a preservação do meio ambiente. “O Maranhão está presente trazendo suas contribuições em defesa do planeta. Seguiremos juntos nos próximos dias debatendo ações contra a crise climática e pela construção de um futuro mais verde e equilibrado”.
Brandão também destacou a importância da COP30 ocorrer pela primeira vez na Floresta Amazônica. “Durante a COP30 faremos um amplo debate sobre a importância da preservação ambiental. Precisamos defender a Amazônia e o desenvolvimento sustentável. Os produtores precisam entender que é possível, sim, produzir e preservar as áreas de preservação permanente, reservas florestais e matas ciliares”, declarou.
Abertura e agenda
O dia inaugural concentrou debates sobre mitigação, adaptação e financiamento climático — temas que devem dominar as negociações até 21 de novembro. Paralelamente às sessões oficiais, representantes do governo maranhense participam de rodadas técnicas sobre clima, floresta, regularização fundiária, povos tradicionais, sustentabilidade e desenvolvimento regional.
Programa “Agentes Ambientais Comunitários”
Na Green Zone, o governo do Maranhão apresentou o programa Agentes Ambientais Comunitários: justiça climática e saberes tradicionais, coordenado pela Sema com participação das secretarias de Igualdade Racial, Direitos Humanos e Participação Popular. A iniciativa prevê 5 mil bolsas mensais de R$ 300 para integrantes de comunidades tradicionais e povos originários, com capacitação e reconhecimento do papel dessas populações na proteção de florestas e recursos hídricos.
Segundo a Sema, as primeiras 460 vagas do edital serão destinadas a áreas quilombolas. O projeto articula parcerias com universidades, ONGs, organismos internacionais e setor privado para apoiar formação, monitoramento e doação de insumos, impulsionando práticas sustentáveis, combate ao desmatamento e queimadas, restauração de áreas degradadas e educação ambiental.
Outras iniciativas
A comitiva estadual também apresenta programas como o Floresta Viva (recuperação de áreas degradadas) e políticas de regularização fundiária. O governo cita ainda o Paz no Campo e o Terra para Elas, iniciativas destacadas em premiações nacionais e internacionais, que serão debatidas como experiências replicáveis.
Financiamento e prospecção
Além da vitrine de projetos, o estado usa a COP30 para prospectar investimentos. De acordo com o governo, após acordos firmados ao longo do ano — como um contrato internacional de US$ 100 milhões voltado à agenda ambiental —, deve ser assinado durante a conferência um contrato de R$ 53 milhões com o BNDES para fortalecer a regularização fundiária no Maranhão.
Quem compõe a comitiva
A delegação maranhense reúne a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), o Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma) e a Agência de Desenvolvimento Investe Maranhão.
Contexto da COP30
Em continuidade ao Acordo de Paris, a conferência discute metas para limitar o aquecimento a 1,5°C e mecanismos de financiamento climático aos países em desenvolvimento. A expectativa é sair de Belém com avanços na implementação de compromissos assumidos em COPs anteriores e com sinais mais claros sobre metas de redução de emissões.
Fonte: Jornal Pequeno




