A NASA abriu amostras da Lua guardadas desde 1972

A NASA abriu amostras da Lua guardadas desde 1972

Você piscou e, meio século depois, a NASA abriu um presente que os astronautas Harrison Schmitt e Gene Cernan trouxeram da Lua em 1972. Sim, a missão Apollo 17 guardou amostras intocadas para o futuro, e esse futuro finalmente chegou. A ideia era simples: esperar a ciência ficar mais poderosa para espremer cada grão de poeira espacial. E funcionou.

O que exatamente foi aberto

Entre as amostras seladas havia um tubo de núcleo, conhecido como 73001, lacrado a vácuo na própria Lua e mantido sob condições ultra controladas aqui na Terra. Esse material começou a ser aberto sob o programa ANGSA, que coordena a análise de amostras de próxima geração com técnicas que não existiam nos anos 70. A NASA confirmou a abertura do 73001 e explicou o cuidado em capturar voláteis, gases que evaporariam assim que o tubo fosse aberto em temperatura ambiente.

Mais recentemente, análises em amostras da Apollo 17 abriram um novo capítulo ao revelar assinaturas químicas bem curiosas, como isótopos de enxofre que ajudam a contar a história do interior lunar. Pesquisadores relataram resultados inéditos em 2025, conectando esses dados a hipóteses sobre o impacto gigante que formou a Lua.

Por que abrir só agora

Na década de 70, os cientistas fizeram algo contraintuitivo: não tocaram parte do material mais valioso que tinham. Eles sabiam que as próximas gerações teriam equipamentos melhores para estudar grãos, gases e microestruturas invisíveis naquela época. Hoje, com espectrometria ultrassensível e laboratórios de contaminação controlada, dá para “escutar” o que as rochas contam em volume bem mais baixo, mas com detalhes absurdos.

O que já apareceu de surpreendente

Os dados de 2025 apontam para assinaturas de enxofre que não batem com padrões terrestres, sugerindo camadas e misturas complexas na manta lunar. Isso conversa com a teoria do big whack, o impacto de um corpo do tamanho de Marte, Theia, que teria gerado os destroços que formaram a Lua. A química “diferentona” é pista de que a mistura entre material da Terra e de Theia pode ter sido menos homogênea do que a gente imaginava.

Não é que os cientistas nunca tinham mexido em nada da Apollo 17. Muita coisa foi estudada ao longo dos anos, mas uma parcela foi deliberadamente preservada para momentos como este. Em 2022, por exemplo, o 73001 foi aberto com um protocolo específico para reter gases e grãos ultrafinos. Agora, novas porções e conjuntos associados vêm sendo examinados com ferramentas ainda mais refinadas.

Além de saciar a cósmica, entender a química da Lua ajuda a planejar o programa Artemis, que quer levar humanos de volta ao polo sul lunar. Saber como o regolito se comporta, onde há voláteis e como certos elementos se distribuem é estratégico para futuras missões de coleta e até para uso de recursos locais.

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Redação

Assessoria de comunicação da agência SLZ7. Uma empresa de desenvolvimento e marketing digital que oferece soluções estratégias e fortalecimento de marcas aumentando a presença online

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