Por que o presidente às vésperas de terminar mandato convocaria Forças Armadas?, indaga Moraes

Por que o presidente às vésperas de terminar mandato convocaria Forças Armadas?, indaga Moraes

‘Na ausência de um instrumento jurídico de impugnação, só restava um instrumento, a força’, destacou o ministro durante o julgamento do nesta terça-feira (9)

Rosinei Coutinho/STFMoraes disse, ainda, que não há dúvida de que a minuta do golpe levada ao ex-presidente previa a prisão de autoridades

O ministro Alexandre de Moraes, do , afirmou nesta terça-feira (9), que, ao não ver uma “saída jurídica”, após ser derrotado nas eleições 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro se “concentrou” nos comandantes militares com vistas à realização de uma Garantia de Lei e da Ordem para se manter no poder. “Por que o presidente da República, às vésperas de terminar o seu mandato, convocaria os comandantes das Forças Armadas para discutir a sua manutenção no poder? Essa foi a reunião. A perpetuação no poder. Na ausência de um instrumento jurídico de impugnação, só restava um instrumento, a força. GLO, a intervenção militar”, destacou.

E completou: “Claro e cristalino é o que o então presidente, líder dessa , pretendia era tão somente um apoio, porque, obviamente, sem tropas, ele não conseguiria naquele momento. Foi tentar um outro ato executório. E aqui a autoria mediata é muito clara, é muito óbvia. Se não conseguir que os comandantes militares apoiem o golpe do Estado antes de terminar meu mandato, o que eu faço? Continuo demonstrando que não reconheço a legitimidade nas eleições.”

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Moraes lembrou da indicação de que o chefe da Marinha, Almir Garnier, chegou a colocar as tropas à disposição de Bolsonaro para o golpe. “Não é golpista só quem oferece as tropas, quem pede as tropas também é. Quem pede tropas militares consuma crime que se tentou por todos os meios”, destacou.

Em outro momento de sua fala, Moraes destacou que não há dúvida de que a minuta do golpe levada ao ex-presidente Jair Bolsonaro previa a prisão de autoridades. A ponderação foi feita após Moraes lembrar do detalhamento do texto, feito pelo delator Mauro Cid, e destacar que não há previsão de estado de defesa que decrete prisões arbitrárias de ministros do Supremo Tribunal Federal e de presidentes do Senado.

Segundo o ministro, os eventos corroboram a versão do delator Mauro Cid, no sentido de que, após as conversas sobre as possibilidades para a manutenção de Bolsonaro no poder, se visava definir não o golpe, mas quais os termos do golpe. “A organização criminosa já havia decidido pelo golpe, só faltaria aqui quais os termos e do golpe”, destacou Moraes.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carol



Fonte: Jovem Pan

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