Quando a impressão era mais que um toque no vidro
Você já deixou a digital marcada em algo por aí? Pois sabe o que isso significa? Que cada pessoa é única, pelo menos no padrão das digitais. E essa descoberta tem uma história que atravessa milênios.
China antiga já sabia
Na China imperial, lá por volta de 221 a.C., documentos oficiais eram lacrados com argila e acompanhados de impressões digitais ao lado das assinaturas. Durante a dinastia Tang, entre os séculos VII e IX, esse hábito era comum em testamentos e contratos, uma forma de garantir autenticidade com o próprio dedo.
O primeiro olhar ocidental
No século XVIII, o anatomista alemão Johann Mayer concluiu que “nenhuma impressão se repete entre duas pessoas”. Foi uma das primeiras pistas no Ocidente sobre a singularidade das digitais.
Os pioneiros do uso prático
- Sir William Herschel (1858, Índia): começou a usar impressões em contratos, observando sua estabilidade ao longo da vida.
- Henry Faulds (1880, Japão): publicou na revista Nature sua sugestão de usar digitais em investigações.
Galton: o cientista dos detalhes
Em 1892, Francis Galton lançou o livro Finger Prints e deu a primeira base científica à identificação digital. Ele reuniu milhares de modelos, estudou os padrões (arcos, laços, redemoinhos) e fez cálculos estatísticos dizendo basicamente: “Isso aqui é único, pode confiar.”
O legado prático
Na sequência, Edward Henry desenvolveu um sistema de classificação usado por polícias no mundo inteiro. Já na Argentina, Juan Vucetich fez a primeira identificação criminal com digitais em 1892, foi o caso que colocou a técnica definitivamente na criminologia.
Fonte: Abril
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