Imagina encher uma banheira e jogar Saturno lá dentro. A cena parece saída de um desenho do Pica-Pau, mas a ciência garante: o segundo maior planeta do Sistema Solar boiaria. E não é meme, é física. A explicação está na densidade média. Enquanto a água tem densidade de 1 g/cm³, Saturno registra cerca de 0,687 g/cm³. Ou seja, é mais “leve” do que o líquido mais comum da Terra.
Mas calma
Saturno não é uma bola sólida, e sim um gigante gasoso formado basicamente por hidrogênio e hélio. Se jogado em água, esses gases se dissipariam, em vez de flutuar bonitinho como uma boia de praia. A banheira teria que ter o tamanho de uma estrela inteira, já que o planeta mede 120 mil km de diâmetro.
De onde veio essa história?
A comparação nasceu nos anos 1960, quando astrônomos calcularam as densidades médias dos planetas. O choque veio ao perceber que apenas Saturno tinha densidade menor que a da água. Daí surgiu a famosa frase: “Saturno boiaria em uma banheira gigante.” É uma forma divertida de mostrar como ele se diferencia de seus vizinhos, como Júpiter (com densidade 1,33 g/cm³) e a própria Terra (5,5 g/cm³).
A física do “planeta boiador”
- Núcleo denso: Saturno tem um miolo sólido de rochas e metais, que afundaria caso a experiência fosse real.
- Atmosfera imensa: sua “camada de gás” é tão grande que reduz a densidade média do planeta, daí a impressão de que ele seria flutuante.
- Pressão e gravidade: em um cenário hipotético, a pressão de uma banheira cósmica seria tão absurda que poderia até iniciar fusão nuclear.
O que dizem os cientistas
Segundo a NASA, o cálculo é correto, mas a ideia deve ser entendida como uma metáfora para explicar como Saturno é menos denso do que a água. Pesquisadores como Tim Childers, da Wired, lembram que o planeta jamais ficaria boiando intacto: ele se despedaçaria ou se misturaria ao líquido.
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