5 passos para levar seu negócio para fora do país

5 passos para levar seu negócio para fora do país

Explorar a biodiversidade tem sido o mote de muitos pequenos negócios que desejam estar alinhados às diretrizes ESG (sigla para ambiental, social e governança).

Conceito que tem ganhado popularidade mundo afora, ele tem auxiliado pequenas empresas a propagarem a sustentabilidade para além de suas fronteiras.

Este é o caso da Soul Cuisine, empresa que exporta sabores da .

Na estão pimentas, molhos e geleias utilizados em diversas — todos fabricados de matérias-primas da Amazônia, como a pimenta Baniwa, o guaraná e o Cumaru, árvore que dá origem à baunilha brasileira.

Chutney de manga com pimneta assîssî orgânico da Soul Brasil Cousine • Divulgação

História

Fundada pelo casal Letícia e Peter Feddersen, a marca é fruto do desejo empreendedor e da paixão culinária dos executivos, que deixaram o mundo corporativo para abrir o próprio negócio.

Com experiência no e em projetos de internacionalização de pequenas e médias empresas, — Letícia é ex-funcionária da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos) — eles fundaram a Soul Brasil em 2018, já mirando exportações.

Em 2021, a primeira fábrica própria da Soul Brasil foi inaugurada na Barra Funda, bairro da capital paulista.

Desde então, o foco do negócio está na produção própria e na venda dos produtos pelos canais digitais, especialmente para mercados externos como , França, , Estados Unidos, Singapura e Malásia.

Até 2028, a expectativa é que o mercado norte-americano alavanque a operação, que deve atingir um faturamento de R$ 50 milhões.

Ao mesmo tempo, o discurso de impacto deve ajudar no bom desempenho da empresa. A Soul Brasil aposta na biodiversidade brasileira para a geração de renda a produtores locais, povos originários e indígenas, além de incentivar a agricultura responsável e a preservação de mais de 9 milhões de hectares.

“A Soul Brasil nasceu, cresceu e se consolidou a partir de um propósito muito claro: valorizar a biodiversidade brasileira, gerar renda na ponta da cadeia e, ao mesmo tempo, colocar no mercado produtos saudáveis, práticos e gostosos. Essa combinação faz com que a empresa seja, desde a sua origem, inseparável do conceito de “impacto”, afirma Letícia.

Casal Letícia e Peter Feddersen, fundadores da Soul Brasil Cousine • Divulgação
Casal Letícia e Peter Feddersen, fundadores da Soul Brasil Cousine • Divulgação

para internacionalizar uma PME de impacto

A atenção ao mercado exterior e a criação de um plano de negócio que prioriza exportações trouxe à Soul Brasil uma série de aprendizados sobre internacionalização.

Da necessidade de obter certificações à escolha correta dos canais de venda, a trajetória da marca mostra que pequenas empresas que desejam focar no exterior devem se valer do propósito, mas sem deixar de lado a estratégia.

Pensando nisso, Letícia compartilha lições válidas e negócios sustentáveis que esperam crescer no comércio exterior com base em planejamento, parcerias estratégicas e atenção aos detalhes.

1. Escolha o destino certo para o seu produto

É preciso avaliar o consumo per capita do seu setor, as barreiras tarifárias e não tarifárias e o nível de concorrência local.

Embora a internacionalização para os Estados Unidos pareça a opção mais óbvia, muitos negócios brasileiros encontram melhores margens em nichos da ou em países vizinhos da América Latina, segundo a empreendedora.

2. Adapte o produto às exigências do mercado

Mudanças relevantes como a exigência por embalagens recicláveis na Alemanha, a demanda por rótulos no idioma local e produtos com níveis reduzidos de açúcar na União Europeia são capazes de determinar o sucesso de uma marca no exterior, especialmente no setor de alimentos.

No caso da Soul Brasil, foi necessário adaptar processos para obter certificações de alimentar exigidas por grandes redes como a Swift, que hoje comercializa os molhos de pimenta criados pela empresa.

Produtos da Soul Brasil Couisine comercializados pela Swift • Divulgação
Produtos da Soul Brasil Couisine comercializados pela Swift • Divulgação

3. Valide antes de exportar

Participar de missões comerciais, rodadas de negócio e feiras setoriais ajuda a ajustar preço, embalagem, storytelling e estratégias comerciais.

“Conversar com potenciais compradores em eventos B2B nos poupou meses de tentativa e erro”, afirma.

4. Priorize os detalhes regulatórios

Exportar exige tempo e estrutura. Invista em registro de marca; credenciamento sanitário com agências, como a FDA nos Estados Unidos; e certificações como HACCP ou ISO 22000. Essas etapas são fundamentais no processo de exportação

Além disso, selos como orgânicos, kosher ou fair trade podem abrir portas e encurtar negociações com distribuidores.

5. Teste no digital antes

Plataformas digitais permitem testar a aceitação do produto no exterior com menor investimento inicial.

“É importante levantar custos logísticos e investir em campanhas pagas para garantir visibilidade”, defende.

Texto de Maria Clara Dias

Fonte: CNN Brasil

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Redação

Assessoria de comunicação da agência SLZ7. Uma empresa de desenvolvimento e marketing digital que oferece soluções estratégias e fortalecimento de marcas aumentando a presença online

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