A Mossad, agência de inteligência israelense, acertou o caminho, mas acabou matando a pessoa errada. Em Lillehammer, na Noruega, agentes assassinaram Ahmed Bouchikhi, um camareiro marroquino inocente.
Eles o confudiram com o líder do grupo terrorista “Setembro Negro” – Ali Hassan Salameh, acusado de planejar o massacre de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972.

Ahmed Bouchikhi
A operação fazia parte da campanha secreta denominada ‘Cólera de Deus’, autorizada pela primeira-ministra israelense Golda Meir. O inesperado aconteceu: o assassinato de Bouchikhi, um erro desde à inteligência, que desencadeou uma crise diplomática internacional.
Nossa determinação era tão intensa que não examinamos as informações com lupa – Ex-oficial sênior da Mossad
O erro na operação teve 5 agentes presos, condenados na Noruega, e posteriormente liberados em 1975. Isso a categorizou como um pesadelo jurídico para Israel.
As consequências

Lillehammer
A justiça norueguesa acreditou que houve uma violação de soberania nacional, conforme concluiu uma comissao governamental em 2000. O general Gullow Gjeseth declarou:
Isso foi muito mais do que assassinato, tratou-se de uma violação…
Israel indenizou a familia de Bouchikhi, em 1996, mas nunca admitiu oficialmente a responsabilidade. Esse caso alterou radicalmente o modus operandi da Mossad. Por causa da exposição dos agentes secretos em Lillehammer, houve mudanças significativas:
- No planejamento;
- Na coleta de inteligência;
- Nas regras de engajamento em operações encobertas no exterior.
O impacto histórico
O Caso Lillehammer serviu como ponto de inflexão no contexto da perseguição à Black September. As falhas evidenciaram os limites do uso de força baseada em inteligência imprecisa.
Somente em 1979, a Mossad conseguiu eliminar Al-Salameh, com uma bomba de carro em Beirute, mas com 4 civis e guarda-costas, irradiando críticas sobre danos colaterais.
Portanto, o episódio permanece como alerta contra a letalidade descontrolada em operações extraterritoriais, especialmente quando a verificação é negligenciada.
Enfim, 52 anos depois, o caso continua repercutindo em debates acadêmicos e políticas de inteligência, ressaltando a necessidade de rigor, transparência e respeito aos direitos humanos até na ações mais secretas.
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