A NASA estava estava errada? Revisão de dados da Voyager 2 revela que Urano não é como se pensava

A NASA estava estava errada? Revisão de dados da Voyager 2 revela que Urano não é como se pensava

Urano foi retratado com um planeta gelado e magneticamente estranho há 40 anos. Graças às observações da missão Voyager 2 em 1986. No entanto, recentemente especialistas apontam que o encontro da sonda com Urano ocorreu em condições cósmicas atípicas, distorcendo nossa percepção sobre esse gigante de gás.

Um pico solar que enganou uma geração

Sonda Voyager 2 , foto: NASA

Novas análises publicadas em Nature Astronomy mostram que a sonda especial lançada pela NASA sobrevoou Urano durante um surto de vento solar raríssimo, que chegou a comprimir sua magnetosfera a cerca de 20% do tamanho normal. 

Esse evento ocorreu em apenas 4% do tempo, segundo o autor principal Jamie Jasinski, e ele afirma:

Se a Voyager 2 tivesse chegado poucos dias antes, teria observado uma magnetosfera completamente diferente.

Isso porque esse choque solar alterou a densidade de plasma, intensificou os cinturões de elétrons e impartiu uma visão distorcida do sistema magnético do planeta.

A nova visão

Urano, FOTO: NASA

Com a compreensão momentânea descartada, Urano provavelmente possui uma magnetosfera mais ampla e semelhante às do gigantes gasosos – como Júpiter, Saturno e Netuno.

Ou seja, provavelmente suas luas Titânia e Oberon podem estar estar dentro da bolha magnética, o que facilita a detecção de possíveis oceanos subterrâneos em seu interior.

A cientista da missão Voyager, Linda Spilker declara:

“… essa nova evidência explica contradições aparentes e mudará nossa visão de Urano mais uma vez…”

Outra descoberta recente indica que Urano emite cerca de 12,5% mais calor do que o Sol recebe, contrariando o pensamento de 1986. Este calor interno sugere que o planeta ainda perde calor residual de sua formação, o que fornece muitas pistas sobre sua estrutura e formaçao.

Contudo, esse também mostra um mecanismo ativo, diferente das previsões anteriores que o consideravam praticamente inerte.

O que isso significa para a ciência

“…muitas conclusões estavam baseadas em um raro evento de vento solar…”

Essas revisões científicas reforçam a necessidade de uma nova missão a Urano, idealmente orbitando o planeta e enviando uma sonda atmosférica. A Decadal Survey de 3 anos atrás já recomendou tal missão como prioridade para a década de 2030, aproveitando a janela favorável durante o equinócio do planeta – momento em que nenhum dos polos está inclinado em relação ao Sol – previsto para 2050.

Então,  a reinterpretação dos dados antigos têm revelado que o nosso de Urano sempre foi baseado em um instante fortuito, não em uma média representativa.

Portanto, Urano deixou de ser um gigante estagnado e incomum. As revisões dos dados da Voyager 2 mostram que muitas conclusões estavam baseadas em um raro evento de vento solar. 

Enfim, hoje sabemos que o planeta provavelmente possui uma magnetosfera mais típica, calor interno ativo e potencial para luas com oceanos enterrados, Com isso, a história de Urano está mudando – e o impulso por novas missões só cresce.

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Assessoria de comunicação da agência SLZ7. Uma empresa de desenvolvimento e marketing digital que oferece soluções estratégias e fortalecimento de marcas aumentando a presença online

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