Zambelli, useira em tirar as coisas de contexto, tenta tirar mais uma

Onde se leu: a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), bolsonarista de carteirinha, mandou o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) “tomar no cu”; leia-se, a pedido dela: depois de ter sido ofendida pelo colega sem reagir, Zambelli limitou-se a dizer:

“Agora só falta você me mandar tomar no cu”.

Segundo Zambelli, portanto, sua fala foi retirada de contexto. É caso para ser apurado pelos membros do Conselho de Ética da Câmara. Duarte Júnior entrou, ali, com um pedido de abertura de processo contra Zambelli por quebra de decoro parlamentar.

Com isso, Zambelli escalou mais um degrau no “ranking” de deputados com o maior número de processos no Conselho. Agora, é a quarta colocada, atrás de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que responde a 12 ações, Daniel Silveira (9) e Eduardo Cunha (7).

Zambelli mandou Duarte Júnior “tomar no cu”, ou disse que ele só faltava mandar que ela tomasse no cu, durante audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na última terça-feira, que ouvia o ministro da Justiça Flávio Dino.

Na véspera do segundo turno da eleição no ano passado, numa rua do bairro dos Jardins, em São Paulo, Zambelli, de arma na mão, perseguiu um homem que a teria agredido. Viu-se depois que ela tirou o fato de contexto. O homem não a agrediu, ela caiu sozinha.

Bolsonaro acha que perdeu muitos votos por causa do comportamento de Zambelli naquele dia. O Supremo Tribunal Federal cassou o porte de arma de Zambelli que ainda tem contas a prestar à justiça por ter feito o que fez.

A deputada processa este blog que, ao relatar o episódio, chamou-a de “pistoleira dos Jardins”. Ela afirma que “pistoleira” quer dizer prostituta, mulher de vida fácil. Esquece que pistoleira pode ser apenas o feminino de pistoleiro; alguém que porta uma pistola.

Para acusar ou defender-se, Zambelli usa e abusa de tirar as coisas de contexto. Está fazendo escola. A deputada Julia Zanatta, também do PL, só que de Santa Catarina, também bolsonarista de raiz, acusou de assédio o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

Zanatta divulgou um vídeo que mostra Jerry bem próximo dela, em mais uma audiência da mesma comissão. Diz que Jerry deu-lhe um “beijo no pescoço”. O áudio do vídeo prova que Jerry apenas cochichava no ouvido de Zanatta algo sobre “40 anos de mandato”.

Na ocasião, Zanatta batia boca com a deputada Lídice da Matta (PSB-BA) que faz há exatos 40 anos, tendo sido vereadora, deputada estadual, federal por quatro mandatos, prefeita de Salvador e senadora.

Jerry jura que não beijou o pescoço de Zanatta; apenas aconselhou-a a não discutir com a experiente e respeitada Lídice, ex-relatora da CPI das Fake News.

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