Voo ou vôo? Professor de português explica o porquê dos acentos

Você já acentuou graficamente forma verbal BATEM? Creio que não tenha dúvida. À visão técnica, o termo é paroxítono finalizado em EM.

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Partindo desse princípio, muitos estudantes, antes do Novo Acordo, viam-se em uma espécie de problema com as formas verbais CRÊEM, LÊEM, DÊEM.

Há alguns anos, tais formas verbais são enquadradas à regra dos termos paroxítonos e perderam esse circunflexo. São grafadas assim: CREEM, LEEM, DEEM.

De acordo com a excelente obra Escrevendo pela Nova Ortografia, com coordenação e assistência de José Carlos de Azeredo, vamos a um quadro comparativo do “antes” e “depois”:

Antes                            Depois

VÔO                             VOO

ENJÔO                          ENJOO

PERDÔO                            PERDOO

IDÉIA                                 IDEIA

ESTRÉIA                            ESTREIA

ASSEMBLÉIA                    ASSEMBLEIA

HERÓICO                            HEROICO

CRÊEM                                CREEM

DÊEM                                  DEEM

VÊEM                                  VEEM

Podemos notar que, em relação à acentuação gráfica, a Reforma Ortográfica (ou o mais recente Acordo Ortográfico) enquadrou alguns termos à norma dos paroxítonos: não se acentuam graficamente os paroxítonos finalizados em A, E, O (pluralizados ou não) e EM / ENS.

Que história é essa dos paroxítonos? Em nossa Língua Portuguesa, não são acentuados graficamente os paroxítonos finalizados em A, E, O (pluralizados ou não) e EM / ENS: bola, mala, mole, bolo, coco, nuvem, item, itens, polens, jovens.

Viu como é importante saber o porquê da norma?

Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!

DIOGO ARRAIS

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Professor de Língua Portuguesa

 

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