Vídeos. Motociclistas arrastados por enxurrada no DF: “Parecia um rio”

Dois motociclistas sofreram diversos ferimentos, após serem arrastados por uma forte chuva que atingiu a região do P Sul, em Ceilândia, na tarde dessa terça-feira (21/3).

Em conversa com o Metrópoles, o frentista Daniel Carvalho, 20 anos, afirma que teve “medo de morrer” e que viveu um momento de “muita aflição”.

Ele foi arrastado pela enxurrada pouco depois de casa, no P Norte, para ir ao trabalho. O motociclista aparece em vídeos, gravados por testemunhas, enquanto pede socorro, em meio à correnteza provocada pelas fortes chuvas.

“Meu pé enganchou no pedal da moto, eu não conseguia desprender. Quando consegui, não pude levantar. Fui arrastado e bati em um carro, ainda tentando me segurar, mas não consegui. Só parei mesmo quando tinha [batido contra] outro carro”, relata.

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Daniel conta que só conseguiu parar porque recebeu ajuda de funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). “Graças a Deus, eles apareceram para me resgatar, senão, eu nem estaria aqui. Ali, foi um momento de muita aflição. Fiquei com muito de morrer. Tenho de agradecer, primeiro, a Deus e, em segundo lugar, ao pessoal do SLU. Eles foram verdadeiros heróis”, enfatiza.

Atendimento

Após ser resgatado, Daniel recebeu socorro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e foi levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Depois de atendido, recebeu alta, mas continua em casa, em repouso, devido a uma fratura no pé.

Nas mídias sociais, Daniel pede doações para custear o conserto da motocicleta, que parou embaixo de um carro.

 

Tromba d’água

Outra motociclista vítima da enxurrada foi Érica Pereira, 44. A garçonete foi surpreendida pela chuva no momento em que voltava de um salão, no P Sul, e seguia rumo a outro, em Taguatinga.

Érica estava de folga nessa terça-feira (21/3). “Era uma sensação de que eu morreria mesmo, de afogamento, desesperadora. Subi a via principal e, de repente, veio uma tromba d’água. Eu sabia que, se entrasse em uma boca de lobo, não conseguiria sobreviver. Moro em Ceilândia há anos e nunca tinha visto isso, nem no jornal. Parecia um rio”, conta.

A garçonete só conseguiu parar por causa de um ônibus, cujo motorista desceu para prestar socorro e ajudá-la a sair da enxurrada.

Assista:

Érica sofreu ferimentos nas mãos, nos pés, nos joelhos e nas costas. “Não quebrei nada, mas estou com dor muscular e bem arranhada. Toda hora, esbarrava em alguma coisa. Era pedra, pau, árvore. Minha mão está em carne viva. Perdi meu sapato e meus pés ficaram sangrando. Minhas costas também. Você fica moído, parece que apanhou”, compara.

Confira o relato completo da motociclista:

A moto de Érica ficou arranhada, além de ter os vidros do retrovisor e os pedais danificados. Agora, ela também pede doações, por meio de uma vaquinha, para custear os prejuízos, estimados em R$ 3,5 mil.

Veja imagens:

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