O quarto planeta do nosso sistema solar é, depois da Terra, o mais popular e o sonho de colonizá-lo é alimentado desde o início de sua exploração. Por mais que a Terra e Marte tenham algumas similaridades, eles são planetas completamente diferentes em vários sentidos, por isso a concretização dessa vontade não é algo tão simples. Contudo, Trump disse que os EUA querem colocar astronautas em Marte nos próximos quatro ano, ou seja, durante o tempo de mandato dele.
Claro que essa afirmação do Trump de colocar astronautas em Marte, em tão pouco tempo, levantou várias dúvidas, afinal, o ser humano, ainda, nem voltou para a lua e os planos com as missões Artemis, da NASA, continuam adiados. Então, seria realmente possível levar pessoas para o Planeta Vermelho até 2029?
“Ir a Marte é o maior desafio já proposto para a exploração espacial”, disse Volker Maiwald, engenheiro aeroespacial do Centro Aeroespacial Alemão (DLR). De acordo com ele, vários obstáculos dificultam essa missão, desde limitações técnicas até riscos biológicos e ambientais.
O mais provável é que o plano de Trump, de colocar astronautas em Marte em quatro anos, iria se apoiar na SpaceX, de Elon Musk, já que o bilionário foi nomeado líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Provavelmente tal missão seria feita com o megafoguete Starship, que ainda está em fase de testes e aprimoramento.
Para se ter uma noção, o Starship fez o seu sétimo voo de teste em janeiro desse ano. Ele teve sucessos parciais, mas também teve falha que resultou numa explosão no estágio superior. Mesmo assim, Musk disse que a SpaceX pode enviar missões não tripuladas a Marte, em 2026 e astronautas em 2028.
Trump que colocar astronautas em Marte em quatro anos

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No entanto, pelas análises feitas por Maiwald e sua equipe, existe um problema fundamental no foguete: ele não teria capacidade para levar toda a carga necessária em um único voo. Isso porque uma missão para Marte exigiria toneladas de suprimentos, como alimentos, água, oxigênio e combustível.
Além disso, outro desafio é o abastecimento. A ideia para que o peso do foguete fosse diminuído na decolagem seria fabricar metano e oxigênio, em Marte, usando gelo subterrâneo e o gás carbônico (CO₂) da atmosfera do planeta. Entretanto, tal tecnologia para isso, ainda, está no seu estágio inicial.
Outro ponto é que a produção de metano, também, seria um problema porque, hoje em dia, não existe uma tecnologia que esteja perto da sua fase de testes para sintetizar esse combustível em Marte. “Esse é um desafio colossal”, admitiu Maiwald.
Essa viagem para Marte iria demorar, no mínimo, seis meses. Nesse tempo, os astronautas seriam expostos a uma taxa de radiação espacial muito superior à que recebem na Estação Espacial Internacional (ISS). Para se ter uma noção, de acordo com simulações, eles acumulariam 60% do limite de radiação recomendado para toda a vida.
A microgravidade também seria um problema a ser enfrentado, pois provoca atrofia muscular e danos à visão. Também tem que ser evitado a contaminação de Marte com microrganismos terrestres.
Por conta disso tudo, para que os astronautas cheguem até Marte antes de 2030, seria preciso avançar em várias tecnologias em um curto prazo e sem nenhum erro. Logo, a meta de Trump de colocar astronautas em Marte em quatro anos é bem ambiciosa.
Fonte: Olhar digital
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