Testes feitos pelo fonoaudiólogo, na maternidade, auxiliam na detecção precoce de doenças

Testes feitos pelo fonoaudiólogo
(Foto: Pixabay)

Os exames obrigatórios realizados ainda na maternidade, logo após o nascimento do bebê, são de enorme importância. Indiscutíveis, eles previnem que doenças fatais – ou que causem atrasos no desenvolvimento biopsicossocial das crianças – sejam detectadas precocemente, diminuindo os impactos negativos à qualidade de vida da criança. Dois deles, em especial, ligam-se aos aspectos comunicacionais e alimentares dos bebês, e já são rotina nos centros médicos de todo o país. São testes feitos pelo fonoaudiólogo que auxiliam na identificação de doenças pelo bebê.

O teste da orelhinha é, talvez, um dos testes mais populares nas maternidades. Realizado de forma gratuita e obrigatória, a Triagem Auditiva Neonatal detecta possíveis problemas de audição no recém-nascido. A fonoaudióloga e Conselheira do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 3ª Região (CREFONO3), Cláudia Giglio, explica que o profissional da área tem papel fundamental na detecção, diagnóstico e intervenção precoce quando alguma anormalidade é detectada.

“O teste é rápido e não oferece qualquer incômodo ao bebê. Ele é realizado através de um equipamento que emite sons que estimulam a cóclea, um órgão auditivo, e captam as respostas, oferecendo um panorama sobre a auditiva do bebê. Ele é realizado após 48h do nascimento, mas antes de mãe e bebe receberem alta do centro médico. Caso não seja feito ali, os pais podem procurar um especialista para fazer o exame até 28 dias após o nascimento”, detalha a especialista.

Em termos globais, a surdez atinge cerca de 0,1% dos nascidos em grau severo ou profundo, de acordo com dados da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Por isso, a detecção precoce da audição é fundamental para possibilitar uma reabilitação mais eficiente do bebê.

“Quando algum problema é detectado no teste da orelhinha, o bebê passará por exames complementares que confirmarão ou não o diagnóstico. Caso ele esteja mesmo com problemas auditivos, o bebê será encaminhado para um programa de intervenção, com diagnóstico completo, indicação de prótese auditiva ou implante coclear, orientação da família e reabilitação, com início de terapia fonoaudiológica”, explica Cláudia.

Testes feitos pelo fonoaudiólogo na maternidade: linguinha

Ter boas condições de audição é fundamental para o desenvolvimento da linguagem oral e fala, assim como facilitar a aprendizagem. Nesse sentido, outro teste que contribui para o bom desenvolvimento do bebê é o teste da linguinha, também obrigatório, que avalia o frênulo lingual dos recém-nascidos como forma de prevenir a anquiloglossia, popularmente conhecida como língua presa.

Como explica a fonoaudióloga, Talita Todeschini, conselheira do Conselho Regional de Fonoaudiologia (CREFONO 3), o problema é um dos principais causadores do desmame precoce. “Tanto a anquiloglossia quanto a detecção de um frênulo curto ou anteriorizado identificam situações que podem comprometer a amamentação. Além disso, mais tarde, com a iniciação da alimentação sólida, tais crianças podem ter a mastigação prejudicada por não conseguirem lateralizar adequadamente a língua”, indica a especialista.

Outros problemas também são detectados com o exame. “O frênulo curto pode interferir no correto funcionamento do sistema estomatognático: sucção, mastigação, deglutição e a fala ficam prejudicadas” resume a fonoaudióloga.

Assim como o teste da orelhinha, o teste da linguinha é realizado pelo fonoaudiólogo. Detectada uma anormalidade no teste, caso seja necessária a intervenção cirúrgica, ela é realizada na própria maternidade, antes da alta hospitalar. “A frenotomia objetiva garantir saúde e bem-estar à criança. Ou seja, é absolutamente fundamental”, explica a fonoaudióloga, Talita Todeschini.

Acompanhe mais informações do Crefono, clicando aqui

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