Randolfe diz que Moro age com “mau-caratismo” ao politizar operação da PF

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que Sergio Moro (União-PR) pratica “mau-caratismo” ao tentar politizar o plano desmontado pela Polícia Federal para assassiná-lo. A PF prendeu nove pessoas nesta quarta-feira (22/3), todas suspeitas de envolvimento numa articulação do Primeiro Comando da Capital (PCC) para executar o ex-juiz federal e ex-ministro da .

“O senador Moro tinha conhecimento das investigações da Polícia Federal. Tentar politizar esse tema é mau-caratismo. A PF, sob o comando do presidente Lula, atuou de forma republicana para proteger a vida de um opositor que o levou ilegalmente e injustamente à prisão”, disse Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, no Twitter.

Randolfe cita a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinada por Sergio Moro em 2017, quando ele ainda era juiz na 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), que cuida dos processos da Lava Jato na 1ª instância. Flávio Dino, ministro da Justiça, também chamou de “mau-caratismo” a tentativa de politização do caso.

Sergio Moro, na mesma rede social, demonstrou surpresa com o comentário de Randolfe. “No dia em que foi descoberto um plano do PCC para me matar e a minha família, o Senador vem me chamar de mau caráter!?”, escreveu.

Nesta quarta-feira, Moro foi à tribuna do Senado Federal e discursou sobre o plano de sequestro e assassinato pelo PCC. O senador afirmou que sabia da ameaça contra ele e sua família desde janeiro e declarou contar com escolta da Polícia Legislativa do Senado e da Polícia Militar do Paraná desde então. Ele é casado com a deputada Rosangela Moro (União-SP).

“Gosto de uma frase em um sentido metafórico. Se vêm para cima da gente com uma faca, temos de usar um revólver. Se usam revólver, temos de vir com metralhadora. Se eles têm metralhadora, temos que ter um tanque ou um carro de combate. Não no sentido literal, mas precisamos reagir às ações do crime organizado. Como o Congresso deve reagir? Com o [instrumento] que lhe é próprio, que são leis para proteger, não só as autoridades, mas também os cidadãos”, disse Sergio Moro no Senado.

Além do ex-juiz da Lava Jato, a faccção criminosa também planejava sequestro e execução do promotor de Justiça Lincoln Gakiya. O caso é investigado pela Polícia Federal na Operação Sequaz, deflagrada nesta quarta-feira pela corporação.

Suspeita-se que as ações planejadas pelo PCC seriam uma retaliação a ações de Sergio Moro enquanto ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL). O ex-juiz transferiu líderes da facção para presídios federais em 2019 e também publicou portaria proibindo visitas intimas aos detentos.


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