Nova era na Gupy: startup muda marca e inaugura escritório "pop" voltado à comunidade de RH

Ainda em ritmo acelerado graças à conclusão de ao menos três aquisições no último ano, a Gupy — startup com soluções voltadas ao setor de recursos humanos — mantém o fôlego para anunciar novidades. Nesta semana, a empresa inaugurou seu mais novo escritório, na cidade de São Paulo, além de divulgar um reposicionamento que pretende distanciá-la da imagem de empresa de recrutamento de candidatos e a deixar mais próxima de ser descrita como uma “plataforma integrada para o RH”.

Quais são as novidades

A empresa acaba de inaugurar seu novo escritório exatos três anos após a migração forçada (e total) para o online em função da pandemia de covid-19. A nova sede, localizada na Avenida Paulista — coração empresarial da capital — servirá de ponto de encontro opcional para funcionários, já que a empresa passará a adotar o modelo híbrido e, com isso, permitirá que colaboradores escolham com que frequência e em quais dias irão ao espaço.

Por trás da inauguração está também o desejo de promover mais interação, uma demanda latente no pós-pandemia. “Precisávamos de um espaço para reunir nossa comunidade, trocar ideias e estar adaptado ao novo do trabalho”, diz Mariana Dias, CEO da Gupy, em entrevista à EXAME.

O espaço, apelidado de “Gupy Hub” também será um coworking, espaço de trabalho compartilhado e que poderá ser usado por clientes e parceiros da Gupy, seja para trabalho ou eventos pontuais. “Queremos fomentar essa nossa comunidade com uma agenda contínua de eventos, de informações e educação”, diz. Com espaço para até 250 pessoas, o escritório deve receber eventos e palestras em seu auditório e diferentes espaços de convivência.

A nova configuração de trabalho e de colaboração também incide em um novo momento para a empresa. Junto ao escritório, a Gupy também está de “cara nova”: um reposicionamento de marca, lançado também nesta semana, pretende estabelecer a startup como uma plataforma completa de soluções integradas para o setor de recursos humanos. O lema, neste novo momento, é o de “impulsionar o potencial humano”.

O esforço esbarra em alguns lançamentos recentes da empresa, especialmente após a aquisição de empresas como a Niduu, de educação corporativa, e a Pulses, de monitoramento de engajamento e clima. O objetivo é ir além do recrutamento e seleção, carro-chefe da empresa desde o início, para soluções que compreendam toda a jornada de colaboradores— o que inclui processos como admissão e capacitação contínua.

Até o momento, os serviços das empresas adquiridas era oferecido pela Gupy aos clientes como um serviço adicional, ainda mantendo o nome das startups. A novidade agora está na integração de tudo isso em uma única plataforma, oferecida aos RHs para o acompanhamento de diversos indicadores em uma jornada integrada.

O racional está em permitir que uma empresa tenha acesso perene aos dados de um candidato desde o recrutamento, passando por uma admissão facilitada até sua evolução no cargo ao mensurar engajamento e desempenho.

“Queremos quebrar as caixinhas do RH criando uma jornada única e integrada, pois sabemos que uma base de dados alimenta outras e isso é saudável e lucrativo para as empresas”Mariana Dias, CEO da Gupy

Com as integrações, a Gupy passa a ter quatro diferentes produtos. São eles:

  • Gupy Recrutamento e Seleção;
  • Gupy Admissão;
  • Gupy Clima & Engajamento;
  • Gupy Educação Corporativa.

Por trás de todas as mudanças e lançamentos está um investimento robusto em tecnologia. Capitalizada e em ritmo acelerado, a Gupy pretende investir cerca de 90 milhões de reais em tecnologia ao longo de todo o ano de 2023. A intenção é desenvolver novos produtos e permitir novas funções nos produtos que já existem. Entre elas, ampliar os recursos de gamificação na frente de educação corporativa e aprimorar o uso de inteligência artificial para acelerar processos seletivos e de admissão.

O momento da Gupy

As novidades vêm no embalo do bom momento da Gupy como um todo. Enquanto grande parte das startups patina diante de turbulências que vão da redução de investimentos em venture capital à falência do Silicon Valley Bank (SVB), instituição que costumava ser a a financeira preferida das startups que captaram investimentos internacionais, a startup fundada pelas ex-Ambev Bruna Guimarães e Mariana Dias e pelos sócios Guilherme Dias e Robson Ventura segue capitalizada, crescendo e com “baixa queima de caixa”, segundo a CEO.

Em 2022, a Gupy captou R$ 500 milhões com os fundos Riverwood Capital e SoftBank Latin America e, desde então, tem concentrado seus esforços em crescimento. Parte desse capital tem sido usado de maneira ativa nos últimos meses com a aquisição de empresas com soluções complementares às da Gupy.

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